Resumo


O presente artigo busca apresentar uma pesquisa na qual se alvitrou compreender e cotejar às diferentes manifestações de violências, segundo a percepção das árbitras participantes dos Jogos Escolares da Juventude do Estado de Mato Grosso. Para tanto, desenvolveu-se uma investigação sob pressupostos qualitativos, de natureza exploratória, recorrendo a História Oral enquanto técnica de coleta de dados, entrevistando três árbitras que atuaram nesses jogos em 2017. Com base nos dados identificou-se a existência de atitudes de violência direcionadas a elas, sob a égide de incapacidade feminina mediante a sua posição de poder, controle e autonomia nos jogos, entendimento assentado em representações de gênero marcadamente machistas e sexistas e que são naturalizadas e instituídas historicamente. Ademais, essa atmosfera de violência, compromete, de algum modo, o potencial formativo e o desenvolvimento dos jovens atletas inseridos em tal ambiente.

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