As Práticas Corporais de Aventura nas aulas de Educação Física em Birigui/SP
Por Vinícius Felipe Cardoso (Autor).
Em 13º Congresso Internacional do Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região CONCREF
Resumo
Introdução: As Práticas Corporais de Aventura (PCAs) são meios de proporcionar, aos seus praticantes, a sensação de liberdade, a sensação de bem-estar e em contato consigo mesmo ao encarar os desafios que a própria natureza oferece, somada ao contato direto com a natureza, promove o encontro de condições favoráveis a uma melhor qualidade de vida, na qual foi incluída no currículo nacional em 2018, a partir da Base Nacional Comum Curricular (INÁCIO, 2021). Objetivos: Compreender a inserção das PCAs no Currículo Paulista e sua aplicação nas escolas estaduais Birigui a partir da perspectiva dos professores de Educação Física, em Birigui/SP. Referencial teórico: Os Esportes de Aventura, apresentam um grande potencial para que o professor faça seus alunos perceberem de maneira crítica a relação ser humano-natureza. Esse potencial se desenvolve de maneira favorecida pelo fato de tais esportes colocarem os indivíduos em contato com a natureza, dando-lhes consciência de que o espaço natural pode ser usufruído de maneira responsável e prazerosa (MARINHO; INÁCIO, 2007). Estudos recentes apontam que o profissional de Educação Física que, em certa medida e por meio do currículo deva fornecer subsídios para os estudantes ter o mínimo de contato com a prática dos Esportes de Aventura (ARMBRUST; SILVA, 2012; TAHARA; DARIDO, 2019). Materiais e métodos: Os dados expostos aqui são relacionados à pesquisa piloto, com 6 professores de Educação Física, atuantes em escolas estaduais em Birigui/SP, sendo convidados por meio de entrevista semiestruturada, utilizado um gravador de voz e, Pôsteriormente, transcritas. Para a análise dos dados, foi utilizado a proposta de Laurence Bardin (2015). Resultados e Discussões: Até então ficou asseverado que as escolas estaduais estão carentes de materiais para a prática das PCAs; pouca adesão por parte da comunidade escolar para com os esportes de aventura; a formação profissional está relacionada à vivências e experiências e, em grande parte, por meio do currículo, embora haja resistência por parte dos docentes. Percebe-se que as dificuldades estão intrinsecamente ligadas à falta de materiais, formação continuada, locais apropriados e aceitação da comunidade. Conclusão: O conteúdo referente às PCAs ainda é pouco tratado nas escolas públicas da cidade de Birigui, mesmo presente no currículo paulista e na Base Nacional Comum Curricular. Sabe-se que há dificuldades de implementação, por via da formação continuada e acadêmica dos docentes, tal necessidade em aprimorar os conteúdos e os benefícios de trabalhar os esportes de aventura nas aulas de Educação Física. Por fim, não deve perder de vista o contexto social, político e econômico que a comunidade escolar está inserida, cabendo ao docente “tentar” inserir as PCAs na medida do possível.