Resumo

As práticas equestres, em especial, o hipismo, estão relacionadas com a configuração do cenário sociocultural de Porto Alegre, bem como, do estado do Rio Grande do Sul. O cavalo, para a identidade do sul-rio-grandense, representa um de seus símbolos, uma vez que sempre se associaram, ao longo da história do Rio Grande do Sul. A parceria entre homem e animal está presente, também, nos momentos de lazer e diversão. Desde as primeiras manifestações do fenômeno do associativismo esportivo em Porto Alegre, por volta da segunda metade do século XIX, já ocorriam, na cidade, práticas esportivas que abarcavam a participação do cavalo, como as corridas de cavalos, conhecidas como “carreiras em cancha reta”, e o turfe, corridas de cavalos em pista circular/elíptica. Novas práticas equestres emergem nos quartéis no início do século XX: pólo equestre, caça à raposa, volteio e hipismo, onde o salto constitui a prática mais divulgada. O presente estudo tem por objetivo compreender como se sucedeu a esportivização das práticas equestres em Porto Alegre, em particular do salto do hipismo, nas décadas de 1920 a 1940. Para a realização desta pesquisa histórica, utilizaram-se fontes impressas, tais como atas de entidades do turfe e do hipismo, a Revista do Globo e os jornais “Correio do Povo”, “Diário de Notícias”, “A Federação” e “Gazeta de Porto Alegre”. As fontes revelaram que, no contexto predominantemente rural, em Porto Alegre, na segunda metade do século XIX, emergiram as primeiras práticas equestres com elementos de esportivização. Dentre estas, destacam-se o turfe e o hipismo como exemplos de práticas equestres que desenvolveram propriedades características de esporte moderno. Neste processo, as mulheres foram de espectadoras, no turfe, a praticantes, no salto

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