As produções circenses dos ex-alunos das escolas de circo de São Paulo, na década de 1980 e a constituição do circo mínimo

Por meio do levantamento de reportagens da mídia impressa, da bibliografia existente e de entrevistas, este trabalho investiga o processo de constituição das primeiras escolas de circo da cidade de São Paulo, a Academia Piolim de Artes Circenses em 1978 e o Circo-Escola Picadeiro em 1984 e as transformações, internas e externas ao circo, que contribuíram para as distintas formas de produção da linguagem circense, em particular do circo paulistano e brasileiro nos anos 1980. Levantamos também prováveis aspectos que influenciaram a suposta “crise” do circo, alardeada pelos circenses durante todo o século XX. Esses aspectos colaboraram para que o modo de organização do trabalho circense se alterasse, provocando profundas mudanças na sua estrutura: o abandono da malha ferroviária, o surgimento da televisão, o crescimento da cidade de São Paulo com a especulação imobiliária, a comoção causada pelo incêndio do Circo Norte-Americano em Niterói, a opção do governo brasileiro pelo pensamento desenvolvimentista do pós-guerra e pela educação formal, o golpe civil-militar e suas influências na atividade circense, e do processo de especialização dos artistas circenses para que essas mudanças acontecessem. A partir do surgimento das escolas, levantamos os grupos que foram formados por alunos ou ex-alunos, com o intuito de explorar as alterações nos modos de produção e constituição dos Por meio do levantamento de reportagens da mídia impressa, da bibliografia existente e de entrevistas, este trabalho investiga o processo de constituição das primeiras escolas de circo da cidade de São Paulo, a Academia Piolim de Artes Circenses em 1978 e o Circo-Escola Picadeiro em 1984 e as transformações, internas e externas ao circo, que contribuíram para as distintas formas de produção da linguagem circense, em particular do circo paulistano e brasileiro nos anos 1980. Levantamos também prováveis aspectos que influenciaram a suposta “crise” do circo, alardeada pelos circenses durante todo o século XX. Esses aspectos colaboraram para que o modo de organização do trabalho circense se alterasse, provocando profundas mudanças na sua estrutura: o abandono da malha ferroviária, o surgimento da televisão, o crescimento da cidade de São Paulo com a especulação imobiliária, a comoção causada pelo incêndio do Circo Norte-Americano em Niterói, a opção do governo brasileiro pelo pensamento desenvolvimentista do pós-guerra e pela educação formal, o golpe civil-militar e suas influências na atividade circense, e do processo de especialização dos artistas circenses para que essas mudanças acontecessem. A partir do surgimento das escolas, levantamos os grupos que foram formados por alunos ou ex-alunos, com o intuito de explorar as alterações nos modos de produção e constituição dosespetáculos circenses, assim como do próprio modo de organização do trabalho e do modo de formação e aprendizagem do circo, nos anos 1980. Esses grupos foram o Abracadabra (1978), Tapete Mágico (1982), Tenda Tela Teatro (1986) e o Circo Mínimo (1988).

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