Resumo

Ao observar que as pessoas com cegueira congênita apresentam processos de aprendizagem e de simbolização singulares, despertou-se para a inquietação de que, em um mundo regido por formas visuais/imagéticas, estas poderiam ou não apresentar conceitos sobre beleza. Dessa forma, este estudo, de caráter qualitativo e de cunho descritivo, destinou-se a investigar e compreender as representações sociais de corpo a partir da concepção de pessoas com cegueira congênita. Para obtenção dos dados, optou-se por entrevista semiestruturada, permitindo que todo o conteúdo fosse analisado por meio da análise de conteúdo. Os resultados apontam para a maneira generalizante com que a beleza corporal é apreendida nas práticas cotidianas pelas pessoas com cegueira. Por fim, o tato, a linguagem e a audição se mostraram mecanismos importantes para o desenvolvimento das representações sociais de corpo e para o estreitamento com o mundo sensível sobre o qual se apresenta a beleza nas práticas e objetivações sociais de pessoas com cegueira.

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