Aspectos Hemodinâmicos de Ratos Treinados e com Suplementação de Creatina
Por Christoffer Novais de Farias Silva (Autor), Rodrigo Martins de Miranda (Autor), Patrícia Maria Ferreira (Autor), Ruy de Souza Lino Junior (Autor), Lílian Fernanda Pacheco Moreira de Souza (Autor).
Em 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom
Resumo
INTRODUÇÃO: A creatina é um suplemento alimentar que resintetiza a adenosina trifosfato proporcionando maior oferta de energia e força, influenciando, portanto, no desempenho físico de exercícios anaeróbios. OBJETIVO: O estudo buscou avaliar os efeitos que a utilização de creatina monohidratada associada ao treino de força pode acarretar ao sistema renal de ratos. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi realizado com 24 ratos Wistar, machos adultos, do biotério do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (ICB/UFG) com peso de 180 a 200 g, e separados nos grupos: Sedentário-Controle (S); Sedentário e Creatina (SC); Treinado (T) eTreinado com Creatina (TC). Os ratos ficaram no biotério setorial do ICB com temperatura e ciclo claro/escuro controlados. A alimentação foi por ração comercial própria para ratos e os ratos não tinham restrição de comida e água.O treino foi realizado dentro de tubos de PVC fechados em sua extremidade inferior e realizado três vezes na semana, durante um total de 8 semanas. O treinamento de força foi executado de acordo com o protocolo de Oliveira et al., (2002), que consiste no salto vertical do animal até que a narina fique para fora da água, sendo este realizado 10 (dez) vezes. A creatinina plasmática e urinária foi usada para obtenção dos valores do ritmo de filtração glomerular (RFG), com o uso do kit Kovalente WS. Os dados foram apresentados como média ± erro padrão da média (X ± EPM). Foi utilizado o teste estatístico t de student com auxílio do programa GraphPadPrism 6.0. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFG conforme parecer: 012.16. RESULTADOS: É mostrado na fgura 1, o RFG do grupo T (0,34±0,006) que foi menor que o grupo S (0,93±0,07), assim como o grupo TC (0,34±0,06) comparado ao grupo SC (0,80±0,16). Podendo então o treinamento ter diminuído em associação com a creatina , o Ritmo de Filtração Glomerular, que é um marcador comum de doenças renais. CONCLUSÃO: Apesar de vários estudos mostrarem que a creatina pode trazer deletérios à função renal, o presente estudo apresenta que somente a suplementação da creatina não prejudica os rins. Entretanto, é achado que a creatina em associação com o treinamento de força altera os valores da creatinina e RFG gerando no decorrer do processo de 8 semanas uma lesão renal.