Assiduidade a Programas de Atividade Física Oferecidas Por Unidades Básicas de Saúde: o Discurso de Participantes Muito e Pouco Assíduos
Por Natália Lovato (Autor), Mathias Roberto Loch (Autor), Alberto González (Autor), Maria Lopes (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 20, n 2, 2015.
Resumo
O objetivo da pesquisa foi avaliar o discurso sobre alguns elementos da participação em grupos de prática de atividade física (AF) em usuários de programas oferecidos por duas Unidades Básicas de Saúde na cidade de Londrina/PR. Foi realizado estudo transversal, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados através de entrevista semi-estruturada. Os 105 usuários dos programas de AF foram divididos em cinco quintis, de acordo com a assiduidade. Foram entrevistados os sujeitos do quintil com maior assiduidade (n=21) e do com menor assiduidade (n=21). Na análise das entrevistas, utilizou-se a análise categorial de conteúdos preconizada por Bardin. Em linhas gerais as falas revelaram que os sujeitos gostam de praticar AF, dentro ou fora do grupo, que os sentimentos vivenciados durantes as atividades eram positivos, que a motivação de familiares foi considerada importante fator de assiduidade ao programa, que muitos usuários observam melhorias na sua saúde com a participação no programa e que, entre os usuários com menor assiduidade, questões interpessoais, especialmente compromissos familiares, foram importantes para o não comparecimento em algumas atividades. Recomenda-se que a questão da aderência aos programas de AF seja levada em consideração no planejamento e replanejamento das ações, inclusive refletindo sobre as características dos programas ofertados (horário, local, tipo de atividades, etc).