Assimetria Bilateral no Torque Isocinético do Joelho e Tornozelo em Jogadores de Futebol da Categoria Sub 20
Por José Raphael Leandro da Costa Silva (Autor), Daniele Detanico (Autor), Juliano Dal Pupo (Autor), Cintia de La Rocha Freitas (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 17, n 2, 2015.
Resumo
As assimetrias bilaterais e os desequilíbrios musculares estão associados com o risco aumentado para lesões nos membros inferiores e ainda parecem implicar o desempenho dos atletas. Assim, este estudo objetivou analisar a assimetria bilateral de jogadores de futebol da categoria sub 20 (pico de torque e razão convencional e funcional dos extensores/flexores do joelho e inversores/eversores do tornozelo), além de comparar tais variáveis entre jogadores defensores, meias e atacantes. Participaram deste estudo 22 atletas da categoria sub 20, que foram submetidos a um teste isocinético com cinco repetições máximas a 180º/s para o joelho e 120º/s para o tornozelo, ambos com ações concêntricas e excêntricas. Utilizou-se o teste t para dados dependentes para comparar os valores de torque entre os membros dominante e não-dominante e ANOVA one way para comparar as variáveis neuromusculares entre jogadores de diferentes posições, ambos a p < 0,05. Não foram observadas diferenças significativas em nenhuma variável neuromuscular (pico de torque e razão funcional e convencional) entre os lados dominante e não-dominante (p > 0,05). Foi verificado que os jogadores defensores apresentavam valores de torque excêntrico nos extensores do joelho, superiores aos meias (p < 0,05). Os jogadores que atuam na defesa apresentam maior torque excêntrico nos extensores do joelho, quando comparados aos jogadores de meio-campo. Pode-se concluir que os jogadores analisados não apresentaram assimetrias bilaterais nos músculos flexores/extensores do joelho, bem como nos inversores/eversores do tornozelo.