Associação da Duração e Percepção da Qualidade do Sono com o índice de Massa Corporal em Adolescentes
Por Gabrielli Thais de Mello (Autor), Kelly Samara da Silva (Autor), Jaqueline Aragoni da Silva (Autor), Adriano Ferretti Borgatto (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: Prevenir o sobrepeso e a obesidade é um dos maiores desafios da saúde pública, pois são fatores de risco para outras doenças crônicas não transmissíveis bem como uma ameaça crescente para a saúde de adolescentes. Entretanto, é importante investigar na população de adolescentes fatores que estão associados a este quadro como a duração e a percepção da qualidade do sono. OBJETIVO: Avaliar a associação da duração e percepção da qualidade do sono com o estado nutricional de adolescentes de Florianópolis/SC, de acordo com o sexo. MÉTODOS: Análise do baseline do pr de 7º ao 9º ano, de seis escolas públicas de Florianópolis. O índice de massa corporal (IMC) (peso/altura2) foi calculado a partir da aferição da massa corporal e da estatura. A duração do sono (8h ou mais/dia e menos de 8h/dia) bem como a percepção de qualidade do sono (dome bem: sempre, quase sempre; e dorme mal: às vezes, quase nunca, nunca) foram aferidas por meio de questionário padronizado. Utilizou-se regressão linear múltipla com nível de significância de 5% ajustada para tempo de tela, e idade estratificado por sexo. RESULTADO: Em relação à duração do sono 51.31% dos rapazes e 55.73% das moças dormiam 8h ou mais/dia. Quanto à percepção de sono 66,83% dos meninos e 65.24% das meninas percebiam que dormiam bem. Não houve associação entre duração de sono e IMC tanto nos rapazes quanto nas moças (B=0,18; p-valor=0,58 e B=-0.04; P=0,90, respectivamente). Quanto à qualidade de sono não houve associação com o IMC tanto para rapazes como para as moças (B=0,35; p-valor=0,33 e B=0,39; p-valor=0,25, respectivamente). CONCLUSÃO: Não houve associação da percepção da qualidade do sono e duração do sono com o IMC tanto para rapazes como para as moças. Novas pesquisas são necessárias uma vez que ainda não está em consonância a associação da qualidade e duração do sono como um fator de risco para o ganho de peso e obesidade.