Resumo

INTRODUÇÃO: Prevenir o sobrepeso e a obesidade é um dos maiores desafios da saúde pública, pois são fatores de risco para outras doenças crônicas não transmissíveis bem como uma ameaça crescente para a saúde de adolescentes. Entretanto, é importante investigar na população de adolescentes fatores que estão associados a este quadro como a duração e a percepção da qualidade do sono. OBJETIVO: Avaliar a associação da duração e percepção da qualidade do sono com o estado nutricional de adolescentes de Florianópolis/SC, de acordo com o sexo. MÉTODOS: Análise do baseline do pr de 7º ao 9º ano, de seis escolas públicas de Florianópolis. O índice de massa corporal (IMC) (peso/altura2) foi calculado a partir da aferição da massa corporal e da estatura. A duração do sono (8h ou mais/dia e menos de 8h/dia) bem como a percepção de qualidade do sono (dome bem: sempre, quase sempre; e dorme mal: às vezes, quase nunca, nunca) foram aferidas por meio de questionário padronizado. Utilizou-se regressão linear múltipla com nível de significância de 5% ajustada para tempo de tela, e idade estratificado por sexo. RESULTADO: Em relação à duração do sono 51.31% dos rapazes e 55.73% das moças dormiam 8h ou mais/dia. Quanto à percepção de sono 66,83% dos meninos e 65.24% das meninas percebiam que dormiam bem. Não houve associação entre duração de sono e IMC tanto nos rapazes quanto nas moças (B=0,18; p-valor=0,58 e B=-0.04; P=0,90, respectivamente). Quanto à qualidade de sono não houve associação com o IMC tanto para rapazes como para as moças (B=0,35; p-valor=0,33 e B=0,39; p-valor=0,25, respectivamente). CONCLUSÃO: Não houve associação da percepção da qualidade do sono e duração do sono com o IMC tanto para rapazes como para as moças. Novas pesquisas são necessárias uma vez que ainda não está em consonância a associação da qualidade e duração do sono como um fator de risco para o ganho de peso e obesidade.

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