Associação da Renda Familiar na Adesão a Comportamentos Saudáveis em Idosos: Um Estudo em Extensão Universitária
Por Calebe Vidal Almeida (Autor), Kariny Da Silva Nogueira (Autor), João Pedro Dos Santos Abreu (Autor), Amanda Rodrigues Leite (Autor), Anderson Pontes Morales (Autor), Heloisa Landim Gomes (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Uma das principais complicações vinculadas ao processo de envelhecimento são as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), cuja prevalência tem sido intensificada pelo sedentarismo. Diante deste panorama, se faz primordial a instauração de medidas preventivas e promocionais de saúde, com o intuito de atenuar o progresso dessas doenças. Nessa direção, surge o projeto de extensão universitária, cujo eixo central é o estímulo à prática contínua de exercícios físicos e a propagação de informações sobre hábitos saudáveis.
Objetivo: Neste contexto, a proposta deste estudo é analisar variáveis como renda familiar, a fim de entender como esses fatores estão relacionados à adesão de comportamentos saudáveis.
Métodos: Foram selecionados n=43 idosos (60,64±8,64 anos; 82,4±23,14 kg; 152±0,06 cm; 35±15,55 kg/m2), sendo 42 idosos do sexo feminino e 1 idoso do sexo masculino, todos do projeto de extensão universitária do curso de Educação Física dos Institutos Superiores de Ensino do CENSA (ISECENSA). Foi aplicado um survey utilizando a ferramenta do Google Forms, com o questionário para avaliar o estilo de vida, proposto por Nahas (2017), encaminhado pelo app whatsapp. Este questionário contém questões que orientam o estudo, apresentando informações pessoais e nível sócio econômico, percepção do nível de saúde preventiva e manejo dos níveis de estresse, características alimentares e controle do peso corporal, ocupação do tempo livre e nível habitual de prática de atividade física e comportamentos de risco à saúde e estágio de mudança de comportamento. A análise estatística foi executada por meio do pacote estatístico SPSS versão 9.0 for windows. Os procedimentos realizados foram: distribuição de frequências, médias e de dispersão. Para medida de associação entre variáveis categóricas, recorreu-se ao teste de Qui-quadrado. Foi adotado nível de significância de 5%.
Resultados: Quanto às características demográficas os dados apresentaram os seguintes resultados: a grande maioria era casado (39,5%), possuía até 3 filhos (30,2%), a maioria possuía uma renda familiar entre 3 e 5 salários mínimos (53,5%). Foi observado associação entre a renda familiar e a inclusão de prática de exercícios físicos no lazer (X2= 13.25, p=0,01), indicando que indivíduos que ganham até 3 ou entre 3 à 5 salários mínimos, não fazia parte do seu estilo de vida ou às vezes correspondia ao seu comportamento. Além disso, foi observado associação entre a renda familiar e a inclusão de 5 porções de frutas e hortaliças na alimentação diária (X2= 10.69, p=0,03), indicando que indivíduos que ganham até 3 ou entre 3 a 5 salários mínimos às vezes correspondia ao seu comportamento.
Conclusão: Em conclusão, os resultados deste estudo em extensão universitária indicam uma associação significativa entre a renda familiar e a adesão a comportamentos saudáveis em idosos. Esses achados sugerem que a renda familiar pode desempenhar um papel importante na capacidade dos idosos de adotarem comportamentos saudáveis, possivelmente devido a restrições financeiras que podem afetar o acesso a atividades de lazer e aquisição de alimentos mais saudáveis.