Associação de Desempenho Escolar com Atividade Física Entre Estudantes de Fortaleza
Por Soraya Anita Mendes de Sá (Autor), Alexsandra da Silva Bandeira (Autor), Valter Barbosa Filho (Autor), Kelly Samara da Silva (Autor), Gabrielli Thais Melo (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Objetivo: Verificar se o desempenho escolar (DE) estar relacionado com nível de atividade física[Soraya2] (NAF) em adolescentes. Métodos: Foram utilizados dados do baseline do projeto “Fortaleça sua Saúde”, realizado em 2014. A amostra foi composta por 680 adolescentes de ambos os sexos, com idades de 11-17 anos, do 7º ao 9º ano de escolas públicas de Fortaleza. O DE foi mensurado através das notas das disciplinas de português e matemática, obtidas por meio de acesso aos registros dos diários escolares. O DE é referente a média das notas dos dois primeiros bimestres de cada disciplina, em escala padronizada de 1 a 10. O NAF foi mesurado a partir de uma lista de 24 AF, com frequência semanal e duração diária de cada AF reportada para estimar o volume semanal de AF (NAF = duração x dias por semana). Regressão linear múltipla, controlando sexo, idade, condição econômica, foi utilizada para verificar associação entre as exposições e o NAF, considerando nível de significância de 5%. Resultados: Observou-se que a média da nota de português foi de 5,96 (DP ±1,70) e de matemática 5,97 (DP 23,5%) dos escolares. Após ajustes, adolescentes que tem maior NAF reportaram ter menor chance de ter maiores notas de matemática e português (OR: - 0,20; IC95%: -0,40-0,01; e OR: - 0,30; IC95%: -0,48; - 0,11, respectivamente) Conclusão: Adolescentes que tem maiores índices no volume de atividade física que realizam na semana, independente do sexo, idade e condição econômica tem menor chance de ter maior DE. O resultado reflete uma posição comum entre os gestores escolares, acredita-se que o tempo de instrução sedentária é a melhor forma do processo de ensino-aprendizagem. Muito estudos já apontam uma relação inversa ou neutra da AF sobre o DE, porém baixo NAF é danoso a saúde. Intervenções com foco no DE podem auxiliar na prevenção da inatividade.