Resumo

Objetivo: Verificar se o desempenho escolar (DE) estar relacionado com nível de atividade física[Soraya2] (NAF) em adolescentes. Métodos: Foram utilizados dados do baseline do projeto “Fortaleça sua Saúde”, realizado em 2014. A amostra foi composta por 680 adolescentes de ambos os sexos, com idades de 11-17 anos, do 7º ao 9º ano de escolas públicas de Fortaleza. O DE foi mensurado através das notas das disciplinas de português e matemática, obtidas por meio de acesso aos registros dos diários escolares. O DE é referente a média das notas dos dois primeiros bimestres de cada disciplina, em escala padronizada de 1 a 10. O NAF foi mesurado a partir de uma lista de 24 AF, com frequência semanal e duração diária de cada AF reportada para estimar o volume semanal de AF (NAF = duração x dias por semana). Regressão linear múltipla, controlando sexo, idade, condição econômica, foi utilizada para verificar associação entre as exposições e o NAF, considerando nível de significância de 5%. Resultados: Observou-se que a média da nota de português foi de 5,96 (DP ±1,70) e de matemática 5,97 (DP 23,5%) dos escolares. Após ajustes, adolescentes que tem maior NAF reportaram ter menor chance de ter maiores notas de matemática e português (OR: - 0,20; IC95%: -0,40-0,01; e OR: - 0,30; IC95%: -0,48; - 0,11, respectivamente) Conclusão: Adolescentes que tem maiores índices no volume de atividade física que realizam na semana, independente do sexo, idade e condição econômica tem menor chance de ter maior DE. O resultado reflete uma posição comum entre os gestores escolares, acredita-se que o tempo de instrução sedentária é a melhor forma do processo de ensino-aprendizagem. Muito estudos já apontam uma relação inversa ou neutra da AF sobre o DE, porém baixo NAF é danoso a saúde. Intervenções com foco no DE podem auxiliar na prevenção da inatividade.

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