Associação de diferentes intensidades da atividade física com a densidade mineral óssea em adultos jovens
Por Julio Cesar da Costa (Autor), Cynthia Correa Lopes Barbosa (Autor), Mileny Caroline Menezes de Freitas (Autor), Robinson Rodrigues Gomes (Autor), Gabriel Motta Albertuni (Autor), Catiana Leila Possamai Romanzini (Autor), Enio Ricardo Vaz Ronque (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A prática de atividade física (AF) está relacionada ao equilíbrio homeostático entre a formação e a reabsorção do osso, induzindo respostas fisiológicas à massa óssea por meio de mecanismos como a mecanostática e a mecanotransdução. Contudo, na idade adulta, principalmente próximo ao período do pico da massa óssea as informações sobre o impacto da AF sobre os indicadores de saúde óssea são divergentes, dificultando sua interpretação. OBJETIVO: Analisar as associações de diferentes intensidades da AF com indicadores de densidade mineral óssea em adultos jovens. MÉTODOS: A amostra foi composta por 144 adultos jovens, de ambos os sexos (idade 22,3±1,7 anos, IMC 23,5±3,5), sendo 70 moças. A AF foi mensurada por acelerometria (GT3X+), durante sete dias consecutivos, as intensidades de AF (min./dia) foram classificadas em leve (AFL), moderada (AFM) e vigorosa (AFV) e posteriormente, cada intensidade foi classificada em gradientes de intensidades (baixa, médio, alto). A DMO (g/cm²) foi estimada pela técnica de absortometria radiológica de dupla energia (DXA) e foram obtidos os valores das regiões do corpo total (CT), membros superiores (MMSS), membros inferiores (MMII), coluna lombar (CL), fêmur esquerdo (FE) e fêmur direito (FD). A Regressão Linear foi empregada para observar as associações entre os gradientes da AF e a DMO. A idade cronológica e o IMC foram calculados e utilizados como variáveis de ajuste ao modelo. O nível de significância foi estabelecido em 5%. RESULTADOS: Nos rapazes, foram observadas associações positivas em todas as regiões anatômicas com as diferentes intensidades da AF. Nas regiões anatômicas como o CT, no MMSS, nos MMII, na CL e FE, observou-se que o maior tempo em AF, mesmo em intensidades mais leves (AFL médio (β=0,005 com o FE a β=0,003 no CT; p<0,05); AFL alto (β=0,010 com FE a β=0,006 no CT; p<0,05)] foram associados com a DMO, no entanto a magnitude do efeito da AFV médio apresentouse maiores do que em intensidades mais leves CT (β=0,029), MMII (β=0,039), FE (β=0,0045) e FD (β=0,058) (p<0,05). Nas moças, somente o tempo em AFV alto, mesmo que com menor volume, apresentou associações positivas com a DMO nas regiões CT, MMII, FE e DD (β=0,021 no FD a β=0,0180 no CT; p<0,05). CONCLUSÃO: A DMO associou-se com as diferentes intensidades da AF em rapazes em intensidades leves e vigorosas, enquanto nas moças somente em intensidades vigorosas. Nos rapazes os gradientes de intensidades da AFV médio apresentaram maior efeito sobre a DMO do que em gradientes de intensidades mais leves.