Associação de Força e Nível de Atividade Física à Densidade Mineral óssea na Pós-menopausa
Por Cristiane Fialho Ferreira da Silva (Autor), Paulo Roberto dos Santos Amorim (Autor), Cristiane Junqueira de Carvalho (Autor), Mariana Maia de Faria (Autor), Luciana Moreira Lima (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 2, 2015. Da página 117 a 122
Resumo
Introdução: o exercício físico atua melhorando a densidade mineral óssea (DMO) por gerar deformidades nesse tecido e estimular remodelação. Objetivo: verificar a associação entre força muscular e nível de atividade física à densidade mineral óssea (DMO) utilizando testes de força de bíceps, de sentar e levantar, dinamometria de mãos, história pregressa de atividade física e nível de atividade física, avaliado pelo pedômetro com a DMO em mulheres na pós-menopausa. Métodos: estudo transversal, descritivo que mensurou a densidade mineral óssea pela absorção de dupla energia de raios X (DXA) da coluna lombar (L1-L4), fêmur e antebraços em 62 mulheres saudáveis no pós-menopausa, com média de 56,82 ± 4,02 anos de idade. Foi aplicado questionário para atividade física pregressa e realizada contagem diária de passos (pedômetro). A força muscular foi medida pelos testes de dinamometria de mãos, de 30 segundos de bíceps bilateral e de sentar e levantar da cadeira em 30 segundos. Realizou-se registro alimentar de três dias para mensuração da ingestão diária de cálcio e vitamina D. Resultados: os indivíduos apresentaram altos níveis de atividade física, porém baixa ingestão diária de cálcio e vitamina D. Não foi verificada diferença estatisticamente significativa entre força muscular nos dois grupos estudados, com DMO diminuída e DMO normal. O grupo com DMO diminuída apresentou maior número de passos diários e menor peso quando comparado com o grupo com DMO normal. Foram observadas várias correlações positivas de baixa magnitude, embora significantes, entre a densitometria e a força muscular (p < 0,50). Conclusão: os autores descreveram risco cinco vezes e meia maior em mulheres não praticantes de atividade física da adolescência até a idade adulta e de apresentarem redução da DMO em comparação com as mulheres que apresentaram DMO normal.