Resumo

A população idosa tem crescido de forma substancial e o declínio nas capacidades físicas, além do aumento na porcentagem de gordura corpórea, são características importantes do envelhecimento. Fatores genéticos podem explicar estes declínios e pesquisas relacionadas a essa temática se justificam porque predizer quais capacidades físicas apresentarão maiores declínios em cada indivíduo possibilita a adoção de estratégias para retardá-los. Assim objetivamos avaliar o efeito dos polimorfismos genéticos ECA I/D e ACTN3 R/X nos níveis de gordura corporal, força e potência muscular, capacidade aeróbia, flexibilidade e agilidade em idosas. 66 idosas foram genotipadas em relação aos polimorfismos da ACTN3 e da ECA para divisão dos grupos e submetidas a medidas antropométricas, testes físicos da bateria de testes da AAHPERD e RIKLI E JONES, IPAQ para determinar o nível de atividade física e o Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar. Mulheres idosas com o genótipo XX em relação ao gene da ACTN3 apresentaram menores níveis de flexibilidade dos membros superiores e menor capacidade cardiorrespiratória. Por outro lado, em relação ao gene da ECA, os indivíduos ID apresentaram maior capacidade cardiorrespiratória e menor porcentagem de gordura. Em relação às outras variáveis não houve diferença estatística entre os grupos. Concluímos que as variantes genéticas estudadas têm influência em algumas das capacidades físicas e na composição corporal em idosas. No futuro dados desta natureza possibilitarão cada indivíduo ter suas intervenções em saúde direcionadas às variáveis que ele apresenta maior potencial genético para declínio.

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