Resumo

As fraturas da extremidade distai do antebraço representam 21% de todas as fraturas que ocorrem em pacientes com menos de 17 anos de idade. Este estudo comparou a DMO de um grupo (caso) de meninos que sofreram íratura diáfíso-metafisárias distais do antebraço, fechadas e recentes (em tratamento), com um grupo controle de meninos, que nunca sofreram fratura. As amostras constituíram-se de 23 meninos em cada grupo. Os meninos responderam a um questionário sócio-econômico, sobre ingesta de leite e derivados, sobre atividade física e, posteriormente, foram submetidos à densitometria óssea, com absorção de dupla energia de raio X (0EXA) do antebraço, da coluna lombar e do quadril. A média da DMO da diáfise distai do rádio e ulna do grupo caso (0,430 ± 0,038 g/cm2) foi significativamente menor (P « 0,018) do que a do grupo controle (0,458 ± 0,039 g/cm2), assim como a da metáfise distai do antebraço que foi de 0,309 ± 0?033 g/cm2, no grupo caso, e 0,349 ± 0,054 g/cm2, no controle (P = 0,004). Não houve diferença significativa entre os grupos na DMO da coluna lombar e, no colo femoral a DMO do grupo caso foi menor (0,745 ± 0,099 g/cm2) do que no grupo controle (0,802 ± 0,090 g/cm2). O consumo de leite no grupo caso (1,5 ± 1,2 copos por dia) foi significativamente menor (P ~ 0,001) do que no controle (2,7 ± 1,2 copos por dia ). O número de meninos, realizando atividade física extra-escola, foi significativamente menor (P » 0,017), no grupo caso, (6 meninos = 26%) do que no grupo controle (15 meninos - 53%). Estes resultados indicam que uma menor DMO de antebraço pode aumentar o risco de fraturas em meninos, e que esta menor DMO pode estar relacionada à menor ingestão de cálcio e menor atividade física.

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