Associação do ângulo de fase com indicadores ósseos do fêmur proximal em adolescentes
Por Jean Carlos Parmigiani De Marco (Autor), Tiago Rodrigues de Lima (Autor), Mateus Augusto Bim (Autor), Isadora Gonzaga (Autor), Clair Costa Miranda, Andreia Pelegrini (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O ângulo de fase (PhA) é reconhecido como um marcador da integridade celular e da saúde dos tecidos corporais, sendo que estudos prévios identificaram associações positivas entre esse parâmetro e a densidade ou conteúdo mineral ósseo em diferentes regiões do corpo. No entanto, em adolescentes recomenda-se a utilização do conteúdo mineral ósseo ajustado pela estatura (CMO/Est), haja vista que tal procedimento considera particularidades do crescimento e desenvolvimento. Apesar disso, a associação entre o PhA com o CMO/Est e parâmetros de geometria óssea permanecem pouco investigadas nessa faixa etária. Objetivo: Investigar a associação do PhA com o CMO/Est do colo femoral e com parâmetros de geometria óssea do fêmur proximal em adolescentes. Método: Participaram do estudo 93 adolescentes (54,8% meninas; 16,3 ± 1,5 anos) da cidade de Florianópolis, SC. Os desfechos analisados foram: CMO/Est do colo femoral, área da seção transversal (CSA), momento de inércia da seção transversal (CSMI) e módulo da seção (Z), obtidos a partir da varredura do fêmur proximal por meio de absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA). O PhA foi avaliado por bioimpedância elétrica. Utilizou-se regressão linear multivariada para testar as associações entre PhA e os desfechos ósseos, com ajustes para sexo, maturação sexual, tecido mole magro, massa gorda, atividade física moderada a vigorosa e prática de exercícios de fortalecimento muscular. Resultados: O PhA foi associado positivamente ao CMO/Est do colo femoral (B = 0,002; IC95%: 0,000 - 0,003; p = 0,023). Contudo, não houve associações significativas com CSA (p = 0,085), CSMI (p = 0,228) e Z (p = 0,149). Conclusão: Níveis mais elevados de PhA estão associados a maior CMO/Est do colo femoral, sugerindo seu potencial como indicador da mineralização óssea em adolescentes. No entanto, o PhA não se mostrou um preditor para medidas de geometria óssea do fêmur proximal.