Resumo

Estudo teve como objetivo analisar a associação do estado nutricional e aptidão cardiorrespiratória (APCR) com a prática de atividade física, indicadores de obesidade familiar, peso ao nascer e histórico de amamentação de escolares. A amostra foi de 1.254 alunos com idades entre sete e 17 anos (54,7% meninas). Foi avaliado o histórico de obesidade familiar, peso ao nascer, amamentação exclusiva por leite materno e prática de atividades físicas. A APCR e o Índice de Massa Corporal (IMC) foram agrupados em uma variável (APCR/IMC), contendo quatro categorias: 1) apto/eutrófico, 2) inapto/eutrófico, 3) apto/excesso de peso e 4) inapto/excesso de peso. Foi utilizada Regressão de Poisson para testar a associação da relação APCR/IMC com a prática de atividade física, o histórico de obesidade familiar, peso ao nascer e amamentação do escolar e análise ajustada incluindo sexo, idade e nível socioeconômico, adotando-se p<0,05. Observou-se elevada proporção de escolares inaptos/obesos (19,7% entre os meninos e 17,6% entre as meninas). A prática de atividade física e a amamentação exclusiva por leite materno até os seis meses apresentam-se como um fator de proteção para inaptidão/eutrofia ou inaptidão/excesso de peso. Já a obesidade do pai e o peso ao nascer do escolar apresentam-se como fatores de risco para inaptidão/excesso de peso. Conclui-se que a presença de inaptidão física e excesso de peso, de forma conjunta, está associada com a não prática de atividades físicas e ausência de amamentação exclusiva por leite materno, e com casos de obesidade do pai e o peso ao nascer elevado do escolar.

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