Resumo

Inúmeros problemas de saúde pública são atribuídos aos fatores induzidos pelo ambiente de trabalho que, associados ao estilo de vida sedentário, contribuem para deteriorar a qualidade de vida do trabalhador. Neste sentido, procuramos descrever o perfil, avaliar a condição física e o risco cardiovasculares dos funcionários da saúde. Foram avaliados 198 funcionários (46 ± 10 anos) que responderam uma anamnese e foram submetidos a avaliações bioquímicas, antropométricas e funcionais. Os valores foram apresentados como média ± desvio padrão da média. Foram utilizados testes de qui-quadrado (x2), taxa de" odds" e correlações de Pearson (p < 0,05). Dos avaliados, 54% apresentaram peso corporal elevado, 33% pressão arterial (PA) elevada e 56% eram sedentários. Colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade e triglicerídeos (TG) acima da normalidade foram encontrados em 49%, 41% e 24% dos servidores, respectivamente e, 75% apresentaram taxas reduzidas de lipoproteína de alta densidade. As análises de x2 e taxa de" odds" apontaram que os valores de TG e PA foram significativamente maiores para homens comparados às mulheres. Capacidade cardiorrespiratória ruim foi verificada em 56% dos homens e 23% das mulheres, além disso, a flexibilidade apresentou-se com níveis insatisfatórios para homens e mulheres. Observou-se que o índice de massa corporal se correlacionou positivamente com PA, CT e TG. Constatou-se, também que a idade foi fator agravante para PA, flexibilidade, CT e glicemia nas mulheres. Dessa forma, a prevalência de múltiplos fatores de risco nestes trabalhadores demonstra tratar-se de população não assistida pela saúde, motivo pelo qual sugere-se conscientização sobre sua própria saúde evitando a aposentadoria precoce.

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