Associação entre a força de membros inferiores e a densidade mineral óssea em adultos jovens
Por Robinson Rodrigues Gomes (Autor), Julio Cesar da Costa (Autor), Cynthia Correa Lopes Barbosa (Autor), Mileny Caroline Menezes de Freitas (Autor), Gabriel Motta Albertuni (Autor), Enio Ricardo Vaz Ronque (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A relação entre o tecido muscular e o tecido ósseo pode ser explicada pela teoria mecanostática, no qual um declínio da força muscular pode resultar em uma diminuição da carga mecânica exercida sobre o osso, consequentemente, podendo impactar diretamente na densidade mineral óssea. OBJETIVO: Verificar as associações entre a força muscular de membros inferiores com a área de densidade mineral óssea (aDMO) em adultos jovens. MÉTODOS: A amostra foi composta por 144 participantes de ambos os sexos (idade 22,3±1,7 anos, IMC 23,5±3,5 kg/m2 ), sendo 74 rapazes. Foi avaliado a força muscular de flexão (FMF) e extensão (FME) de joelho em um dinamômetro isocinético (Biodex System 3) à velocidade angular de 60º por segundo. A aDMO foi estimada pela técnica de absortometria radiológica de dupla energia (DXA), nas regiões do corpo total, membros inferiores e fêmur direito. Para verificar as associações entre os indicadores de força muscular e a aDMO foi empregada inicialmente a correlação parcial, controlada por idade cronológica e IMC, e posteriormente a regressão linear foi utilizada. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: Foram encontradas correlações positivas para ambos os sexos entre a força de membros inferiores e a aDMO (p<0,05). Nos rapazes, foram observadas associações positivas entre os indicadores de força muscular e aDMO em todas as regiões anatômicas. A FME explicou em torno de 44% (β =0,001; <0,001) e a FMF 39% (β=0,002; p<0,001) da variância compartilhada com a aDMO do corpo total. No fêmur direito a FME explicou em torno de 18% (β =0,002; p<0,001) e a FMF 11% (β=0,003; p=0,006), enquanto nos membros inferiores a FME explicou em torno de 34% (β=0,002; p<0.001) e a FMF 28% (β=0,002; p<0.001). Nas moças, somente a aDMO de membros inferiores foi associada com a força muscular, com a FME explicando em torno de 36% (β =0,001; p=0,008) e a FMF 34% (β =0,001; p=0,021). CONCLUSÃO: Conclui-se que a FME e FMF dos membros inferiores foram associadas positivamente com a aDMO do corpo total, do fêmur direito e membros inferiores nos rapazes, enquanto nas moças somente a aDMO dos membros inferiores mostraram associação positiva com a força muscular.