Associação entre a frequência cardíaca de repouso com as respostas cronotrópicas durante e após teste de esforço cardiopulmonar máximo
Por Freddy Enrique Ramos Guimarães (Autor), Thamires Da Motta Porto (Autor), Lúcia Kobayashi (Autor), Guilherme Eckhardt Molina (Autor), Giliard Lago Garcia (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A relação entre a frequência cardíaca (FC) de repouso com as respostas cronotrópicas durante e após o teste de esforço cardiopulmonar máximo (CPX) ainda permanece pouco explorada. Objetivo: Correlacionar as respostas cronotrópicas durante e após o CPX com a FC de repouso, na posição ortostática (FCORT), em jovens adultos ativos. Métodos: Foram avaliados 61 homens jovens adultos fisicamente ativos (Questionário-IPAQ) com idade de 25,1 ± 5,1 anos e índice de massa corporal de 23,9 ± 2,4 kg/m2. A FC foi registrada por meio do frequencímetro polar RS800cx®. No repouso, a FC foi registrada na posição ortostática (FCort), após a mudança postural (da posição supina para a posição ortostático), por 5 minutos. Durante o CPX, a FC foi registrada no início (FCI), nos limiares ventilatórios (FCLA e FCPCR) e no pico do esforço (FCPICO). As reservas cronotrópicas (RC) foram calculadas utilizando a FCort como referência de repouso. Após o CPX, a FC foi registrada por 5 minutos durante a recuperação (2,4 km/h e 2,5% de inclinação). A FC de recuperação (FCR) foi calculada de forma relativa pela diferença da FCPICO e da FC no primeiro, terceiro e quinto minuto multiplicado por 100 (%FCR1ºmin, %FCR3ºmin e %FCR5ºmin). A estatística utilizada foi o teste de correlação de Pearson com um valor de p bicaudal ≤ 0,05. Resultados: Durante CPX, observamos correlação positiva significativa entre a FCort com a FCI, FCLA e FCPICO (r= de 0,24 até 0,53, p ≤ 0,01) e correlação negativa significativa com RCLA, RCPCR e RC (r= de -0,51 até -0,29, p ≤ 0,02). Não observamos correlação significativa entre a FCort e a FCPCR (r= 0,24, p = 0,06). Após o CPX, observamos correlação positiva significativa entre a FCort com a FC1ºmin, FC3ºmin e FC5ºmin (r= de 0,39 até 0,43, p ≤ 0,01), e correlação negativa significativa com a %FCR1ºmin, %FCR3ºmin e %FCR5ºmin (r= de -0,33 até -0,26, p ≤ 0,04). Não observamos correlação significativa entre a FCort e a FCR do primeiro ao quinto minuto de recuperação (r= de -0,21 até -0,19, p ≥ 0,08). Conclusão: Nossos dados apresentam que jovens adultos ativos com menor FCORT, após a mudança postural no repouso, apresentam maior resposta cronotrópica durante e após o CPX Portanto, uma alta resposta cronotrópica e rápida recuperação da FC, durante e após CPX, estão associadas a uma menor FC