Associação entre a insatisfação da imagem corporal com a recomendação da atividade física em adultos universitários
Por João Lucas Marques Ramos (Autor), Rafael Moraes Silva De Santana (Autor), Milena Chefer Pretz (Autor), Catiana Leila Possamai Romanzini (Autor), Enio Ricardo Vaz Ronque (Autor), Giulia Signori Lonardoni (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A insatisfação da imagem corporal (INSC) é definida por pensamentos e sentimentos desfavoráveis de um indivíduo sobre o seu próprio corpo, e muitos aspectos podem influenciar a INSC, dentre eles, a atividade física (AF). A AF quando realizada com frequência tem sido considerada um fator preditor significativo em relação à diminuição da INSC. Objetivo: Verificar a associação entre a insatisfação da imagem corporal e o atendimento a recomendação da atividade física de intensidade moderada em adultos universitários. Métodos: A amostra foi composta por 63 sujeitos, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 40 anos. Foram realizadas medidas antropométricas e com base nessas informações o IMC foi calculado e os sujeitos foram classificados em peso normal e sobrepeso. A atividade física moderada (AFM) foi avaliada pelo acelerômetro ActiGraph (GT3X) e para as análises, a AFM foi classificada de forma dicotômica (atendia ou não a recomendação de pelo menos 150 a 300 minutos semanais de AFM). A INSC foi avaliada por meio da escala de Kakeshita, após isso, o indivíduo respondia duas questões relacionadas ao: “corpo atual” e “o corpo que gostaria de ter”, os sujeitos foram categorizados em satisfeitos e insatisfeitos por querer reduzir ou aumentar o peso. Para a comparação dos dados entre os sexos foi utilizado o teste t de student para amostras independentes. Para testar as associações foi utilizado o teste Qui-quadrado. Os dados foram tratados no SPSS versão 29.0. A significância adotada foi de 5%. Resultados: Em relação a associação entre o sexo e a INSC, observa-se que mulheres são mais insatisfeitas com a imagem corporal quando comparadas aos homens (38,1% vs. 34,9%; X2=4,125; p=0,042). Observou-se que apenas para as moças o IMC foi associado, de modo que, 40% classificadas com sobrepeso apresentam maior insatisfação (X2=4,667; p=0,031). Sobre a associação entre a INSC e a AFM, destaca-se que 87% das moças que atendem a recomendação de AFM desejam reduzir o peso (X2=5,217; p=0,022). Para os rapazes não houve associação significativa (65%; X2=1,027; p=0,311). Conclusão: Conclui-se que em relação a associação da INSC e AFM, as mulheres que apresentam INSC por quererem reduzir o peso, atenderam à recomendação da AFM. Em relação ao sexo, as mulheres apresentam uma maior INSC pela redução do peso em comparação com os homens. No caso dos homens, nenhuma associação entre a AFM foi verificada com a INSC.