Resumo

A osteosarcopenia (OS) é definida como a coexistência da sarcopenia e osteoporose, duas doenças que afetam o sistema musculoesquelético e ocorrem frequentemente em idosos. A prática de atividade física (AF) é uma medida não farmacológica que tem sido recomendada para prevenção e tratamento da OS. Contudo, é importante investigar qual domínio da AF pode ser mais eficaz para reduzir o risco de OS em idosos. OBJETIVO: Analisar a associação entre a prática de AF em diferentes domínios e OS em idosos em um período de 12 meses. MÉTODOS: Estudo observacional prospectivo realizado no munícipio de Presidente Prudente/SP. Foram incluídos 318 idosos com idade ≥60 anos (70±7 anos, 69% mulheres). A composição corporal e densidade mineral óssea (fêmur proximal e coluna lombar) foram avaliadas por absorciometria radiológica de dupla energia. A massa livre de gordura e osso apendicular (Kg) ajustada pela estatura (m2 ) foi utilizada para estimar a massa muscular. Foram considerados com baixa massa muscular idosos com valores <7,0 Kg/m2 ou <5,5 Kg/m2 para homens e mulheres, respectivamente. A osteopenia/osteoporose foi identificada como valores de T-score menores que -1,0. A força muscular foi estimada por meio do teste de preensão manual com dinamômetro digital. Foram considerados com baixa força muscular idosos com valores <27 Kg ou <16 Kg para homens e mulheres, respectivamente. Para a classificação da OS foi considerada a coexistência das seguintes condições: (i) baixa força muscular e osteopenia/osteoporose; (ii) baixa massa muscular e osteopenia/osteoporose; ou (iii) baixa força e massa muscular, e osteopenia/osteoporose. Informações relacionadas a prática de AF em diferentes domínios foram levantadas por meio do questionário desenvolvido por Baecke et al. (1982). O nível de AF da amostra nos diferentes domínios no momento inicial do estudo foi dividido em quartis. Os idosos que se encontravam no primeiro quartil (Q1) foram considerados como insuficientemente ativos e aqueles que se encontravam nos quartis (Q2, Q3 e Q4) foram classificados como suficientemente ativos. RESULTADOS: A incidência de OS observada em 12 meses de acompanhamento foi de aproximadamente 5%. Os idosos insuficientemente ativos no domínio do exercício físico no lazer apresentaram maior risco de OS (OR:3,06; IC 95%:1,12-8,38) comparados aos suficientemente ativos. CONCLUSÃO: A prática de exercício físico no lazer está inversamente associada ao risco de OS em idosos

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