Resumo

A depressão é altamente prevalente na sociedade atual, podendo afetar 17% da população. É condição incapacitante que causa inúmeros prejuízos em diversos setores da sociedade, incluindo a saúde e economia. Estudos têm observado uma relação direta entre a prevalência de depressão e o baixo nível de atividade física. Pessoas depressivas tendem a reduzir o nível de atividade física, e indivíduos fisicamente inativos ou sedentários têm maior probabilidade de apresentar episódios de depressão. Por outro lado, a literatura sugere que a prática de exercícios físicos pode ser uma opção eficaz para o tratamento e a redução da depressão na população em geral. Além disso, o aumento do nível de atividade física pode estar associado à redução do estado de inflamação basal e, consequentemente, à diminuição dos quadros de depressão. Portanto, esta dissertação está estruturada em dois artigos: uma revisão sistemática de escopo e um estudo transversal. Objetivo: Assim, os objetivos são: 1) Realizar uma revisão de escopo para avaliar o efeito do nível de atividade física na população adulta sobre marcadores inflamatórios e anti-inflamatórios em pessoas depressivas e 2) Avaliação a associação entre o nível de atividade física e nível sanguíneo de Proteína C reativa (PCR) em adultos com sintomas depressivos. Métodos: No estudo 1, foram realizadas buscas nas bases de dados Pubmed/Medline, Web of Science e EMBASE, usando uma estratégia de busca detalhada composta pelos temas: Atividade física, marcadores inflamatórios e anti-inflamatórios e de depressão, foram encontrados e apresentados nove estudos. No estudo 2, foi feita uma análise da base de dados populacional NHANES, analisando o nível de atividade física total e seus domínios, com o nível sanguíneo de PCR, sendo observado uma associação tanto na análise bruta, quanto na análise ajustada, do nível de atividade física de lazer, com menor concentração de PCR em pessoas com sintomas depressivos. Conclusão:No artigo 1 é forte a correlação em depressivos ativos serem menos inflamados e depressivos sedentários serem mais inflamados. No Artigo 2 a atividade física de lazer é a que mais abaixa o PCR marcador inflamatório em depressivos.

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