Associação Entre Atividade Física e Sedentarismo com Dor nas Costas em Adolescentes
Por Tatiana Rehder Gonçalves (Autor), Mauro Felippe Felix Mediano (Autor), Rosely Sichieri (Autor), Diana Barbosa Cunha (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: A dor nas costas (DC) vem aumentando não apenas na população adulta como também entre crianças e adolescentes, o que é de grande importância para a saúde pública pelo impacto pessoal, funcional e altos custos. A diminuição dos níveis de AF e o aumento do sedentarismo tem sido associados a DC em adultos, mas as evidências em adolescentes são conflitantes. OBJETIVO: Avaliar a associação entre AF e comportamento sedentário com a presença de DC (cervical, torácica e lombar) em adolescentes. MÉTODOS: Estudo transversal com alunos do 5o ao 9o ano de uma escola pública de Niterói (RJ). Os estudantes responderam ao módulo de AF do questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) e foram classificados como inativos (nenhuma AF na semana anterior), insuficientemente ativos (entre 1 e 149 minutos e 150 a 299 minutos) e ativos (acumularam 300 ou mais minutos). Também foi realizada pergunta fechada referente ao tempo de tela (quantidade de horas gasta usando computador, assistindo televisão, jogando videogame ou usando tablet/celular em um dia de semana comum). A pergunta sobre presença de dores nas regiões cervical, torácica e lombar teve como referência a semana anterior. Modelos de regressões logística foram realizados para testar a associação entre as exposições AF (contínua e categórica) e tempo de tela e os desfechos presença de dor cervical, torácica e lombar. Foram gerados modelos brutos e ajustados pelos possíveis confundidores (idade, sexo, fumo, estado nutricional e horas de sono por noite). RESULTADOS: Trezentos e cinquenta alunos (51,4% meninas e 50,6% pardos) com média de idade de 12,8 (+1,7) foram incluídos. As frequências de DC foram 20,6% para cervical, 18,0% para torácica e 10,9% para lombar. Em relação aos níveis de AF, 7,7% foram classificados como inativos, 27,1% (entre 1 e 149 minutos) e 17,4% (entre 150 e 299 minutos) como insuficientemente ativos e 47,7% como ativos. Para o comportamento sedentário, 30,6% relataram menos de 2 horas, 38,6% entre duas e oito horas e 30,8% mais de 8 horas de tempo de tela por dia. Não foi observada associação entre AF (tanto como variável contínua como categórica) e tempo de tela com dor em qualquer região da coluna (Tabela). CONCLUSÃO: Os níveis de AF e o tempo sedentário não se mostraram associados a presença de dores na coluna em adolescentes escolares. Estudos longitudinais que examinem essa associação são necessários