Resumo

Analisar a associação entre o desempenho físico e os parâmetros de saúde de policiais rodoviários do Ceará, Brasil, e comparar dados de 2019 e 2020. Métodos: Foram analisados ​​dados antropométricos (índice de massa corporal - IMC), parâmetros bioquímicos (colesterol total, triglicerídeos, glicemia de jejum), desempenho físico (abdominal, salto vertical, flexões de braço, corrida de 12 minutos), sexo, idade e dados de lotação do banco de dados da Superintendência Federal de Polícia Rodoviária. As associações foram testadas utilizando a correlação de Spearman. A comparação entre os anos de 2019 e 2020 foi realizada utilizando os testes t pareado, Wilcoxon e McNemar. Resultados: Dos 247 participantes (8,5% mulheres; 43,1 ± 6,6 anos; 71,7% em funções operacionais), os dados de IMC indicaram que 57% estavam com sobrepeso e 21,4% com obesidade. Mais de 90% foram considerados aptos nos testes de desempenho físico, com exceção do teste de corrida, no qual aproximadamente 40% não atingiram o nível médio de desempenho físico. Houve uma redução no desempenho físico entre 2019 e 2020, com exceção do salto horizontal. As correlações foram fracas a moderadamente negativas entre a idade e todos os testes físicos (r = -0,30 a -0,51), bem como para o IMC (r = -0,16 a -0,36), em ambos os anos. Os parâmetros bioquímicos apresentaram correlações negativas fracas com a maioria dos testes físicos, com exceção do colesterol. Conclusão: A maioria dos policiais que participaram do programa de Educação Física da Polícia Rodoviária Federal atingiu níveis médios ou acima da média de desempenho físico. No entanto, observou-se um declínio durante a pandemia de COVID-19. Além disso, a classificação do IMC revelou níveis preocupantes de sobrepeso e obesidade, destacando a necessidade de avaliações de saúde mais abrangentes.

Acessar