Resumo

No período de pós-menopausa, é observado tanto reduções no desempenho funcional quanto na função cognitiva. Além disto, parece haver uma associação entre essas duas variáveis. Assim, testes que avaliam o desempenho funcional, que possuem poder de predição do surgimento do declínio cognitivo de maneira eficaz, e precoce, pode ser importante ferramenta para identificar reduções no desempenho funcional e cognitivo em mulheres na pós-menopausa. O objetivo do estudo é avaliar se há associação entre desempenho funcional e função cognitiva. Ainda, verificar se os testes velocidade de marcha de 400 metros (Vm400) e Time Up and Go (TUG) como previsor da função cognitiva em mulheres na pós-menopausa. Foram selecionadas 128 mulheres com média de 60,8 anos. A massa e a composição corporal foram medidas pelo método de dupla emissão de raio-X por absortometria de energia (DXA), o desempenho funcional foi avaliado pelos testes TUG e Vm400, o desempenho cognitivo pelo teste Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e a força foi avaliada pela contração isométrica voluntária máxima (CIVM) de membros inferiores. Foi observado associação entre desempenho funcional e função cognitiva em mulheres no período de pós-menopausa de meia idade. Além disso foi encontrado que o teste TUG possui poder de predição de declínio cognitivo (Estimativa = -0,79; Erro padrão = 0,29; p=0,008), mas o teste Vm400 não é um bom previsor do declínio cognitivo (Estimativa = 3,03; Erro padrão =1,92; p=0,117) em mulheres na pós menopausa. Conclui-se que o desempenho funcional possui associação com o declínio da função cognitiva em mulheres na pós-menopausa. Além disso, o teste TUG mostrou ser boa ferramenta para predizer o declínio cognitivo nessa população, o que não foi observado para o teste de Vm400.

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