Associação Entre Deterioro Cognitivo e Fatores de Risco Cardiovascular em Idosos Chilenos
Por Gerson de Moraes Ferrari (Autor), Sandra Marcela Mahecha Matsudo (Autor), Josivaldo de Souza Lima (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Os fatores de risco cardiovascular (FRC) estão diretamente relacionados ao estilo de vida adotado e são determinantes no aparecimento de doenças crônicas, mortalidade prematura e deterioro cognitivo. Estudo anteriores mostraram relação direta entre declínio cognitivo e biomarcadores vasculares especificas como, colesterol, hipertensão e diabetes rnellitus. No entanto, esses achados geralmente em idosos ainda não apresentam claridade suficiente, ainda se tratando de estudos com amostras de países com baixo ingresso. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a prevalência e analisar a associação entre deterioro cognitivo (DC) e FRC em idosos chilenos. Métodos: Usamos dados da pesquisa transversal (Pesquisa Nacional de Saúde do Chile, 2016-17) com um total de 2.031 participantes. O deterioro cognitivo foi avaliado usando Minimental versão reduzida. Os dados da pesquisa foram coletados por meio de medidas biofisiologicas e questionários e foram associados ao índice de massa corporal (IMC), DC, faixa etária e sexo. Resultados: Idosos chilenos com DC representam 13,5% da população, destes 60,3% são do sexo feminino. O risco de DC foi significativamente maior no grupo com FRC alto; Além disso, o IMC, pressão arterial sistálica, tempo sentado e o tempo de sono associaram-se significativamente com o DC. A faixa etária 70-79 e> 79 (OR= 1,72, IC 95% = 1,24-2,41 e OR= 4,82, IC 95% = 3,43-6,76) respectivamente, também foram associados ao risco de DC, além de triglicerideos (OR= 1,71, IC 95% = 1,15-2,54). Entretanto, a circunferência de braço e panturrilha foram considerados fatores protetores contra DC (OR= 0,90; IC 95% = 0,87-0,94 e 0,92, IC 95% = 0,89-0,95). Além da escolaridade (OR= 0,95, IC 95% = 0,92-0,98). Conclusões: Os achados do estudo sugerem que FRC na população chilena está associada ao DC em idosos.