Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar o papel do suporte social na associação entre atividade física em seus diversos domínios e sintomas depressivos em idosos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde de Recife, Pernambuco. Um levantamento de base populacional por domicílios foi realizado, com uma amostra probabilística de 399 indivíduos (77,4% de mulheres), com idade média de 72,8 ± 8,2 anos (60-79 anos) representativa da população de idosos comunitários que vivem em áreas de abrangência da Estratégia Saúde da Família da rede básica de saúde do Recife (PE). Para avaliar a associação entre atividade física e seus dominios e sintomatologia depressiva, empregou-se regressão linear utilizando-se o método Backward. Para testar o possível componente moderador do suporte social nessa associação, também foi utilizado uma regressão linear. Como resultado do levantamento, observou-se que 17,6% da amostra (IC95%: 14,1- 21,6) referiram não praticar atividade fisica, a prevalência de sintomatologia depressiva foi de 6,7% (IC95%:4,5-9,7), com um escore médio de 1,59, e 18,6% dos idosos relataram não ter suporte social. Idosos que não praticavam AF no deslocamento, na atividade doméstica e nas atividades totais apresentaram um acréscimo no escore de SD quando comparados aos idosos praticavam AF nesses segmentos. O suporte social atenuou o impacto da não realização de AF no aumento do escore de SD, ou seja, o suporte social diminui a magnitude da associação entre não fazer AF e SD em idosos. O estudo concluiu que um maior suporte social atenua o impacto de não praticar atividade física no aumento do escore de sintomatologia depressiva. Os dados evidenciaram a importância de propiciar elementos de fortalecimento do suporte social para idosos que pertenecem a comunidades carentes e que apresentam níveis de AF baixos, para a prevenção e diminuição dos sintomas depressivos

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