Resumo

Introdução: A asma é uma doença heterogênea com característica inflamatória crônica de relevância mundial devido a sua alta prevalência e morbimortalidade. Objetivo: avaliar a associação entre episódio de asma e o nível de atividade física em adolescentes brasileiros. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, utilizando dados da primeira amostra da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015 (n = 95.387). Foram analisadas as seguintes variáveis sociodemográficas: “sexo”, “faixa etária”, “raça/cor”, “tipo de município” e comportamentais: “turno que estuda”, “percepção em relação a seu corpo”, com ênfase na variável “tempo total de atividade física”. Para a definição do desfecho, foi utilizada a questão “asma alguma vez na vida”. A regressão logística binária foi utilizada para estimar a chance de ocorrência do fenômeno na forma de Odds Ratio (OR) bruta e ajustada, além dos seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). Resultados: Foi verificada prevalência de 52,1% para o sexo feminino, 68,2% com faixa etária menor que 14 anos, 47,8% declarados como pardos, 50,4% moravam na capital, 65,6% eram insuficientemente ativo, 82,2% estavam satisfeitos com relação ao corpo e 98,3% estudavam meio turno. Após a associação entre os determinantes e ter um episódio de asma na vida, observa-se no modelo bruto, que “residir na capital” teve 1,26 vezes mais chance de ter um episódio de asma na vida (OR = 1,26; IC 95% = 1,22-1,31). A partir do uso da razão inversa da OR verifica-se que “Não ser pardo” (OR = 1,04), “estudar em turno integral” (OR= 1,2) e “ser fisicamente ativo” (OR = 1,13) também foram associados a ter um episódio de asma na vida. No ajuste, a variável “sexo”, passou a apresentar significância. Conclusão: Ter episódio de asma, está inversamente associado ao nível de atividade física em adolescentes brasileiros

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