Resumo

O sedentarismo é fator de risco para o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade infantil, condições que se associam à dislipidemia, hipertensão arterial e resistência insulínica, entre outras alterações. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional e a associação com o padrão de atividade física em escolares da Rede Municipal de Ensino de Corumbá (MS). Foi realizado estudo analítico transversal em uma amostra de 403 escolares, com idade entre sete e 10 anos, no qual se consideraram com risco de sobrepeso e sobrepeso as crianças com percentis de IMC < 85 e < 90 e < 90, respectivamente. O índice de atividade física foi determinado por meio de questionário elaborado especificamente para o estudo, obtendo-se dados sobre a duração (minutos), intensidade (equivalente metabólico) e gasto calórico (kcalorias) das atividades físicas ativas e sedentárias. Verificou-se prevalência de 6,2% e 6,5% para risco de sobrepeso e sobrepeso, respectivamente, com prevalência maior nas meninas do que nos meninos. A maioria das atividades físicas realizadas pelas crianças foi leve (< 3 METs) e moderada (3 a 6 METs) e nenhuma atividade física vigorosa (> 6 METs) foi registrada. Quanto maior a idade, menor o tempo despendido nas atividades físicas ativas. Constatou-se que crianças eutróficas são mais ativas, praticam atividades físicas mais intensas e gastam menos tempo assistindo à televisão e jogando videogames do que as crianças com sobrepeso. Os dados evidenciam a importância em promover mudanças no estilo de vida com a adoção de hábitos saudáveis, desde a infância, e a sua manutenção por toda a vida. Crianças ativas favorecem uma população adulta também ativa e saudável contribuindo, conseqüentemente, para a redução da incidência de morbidade e mortalidade na idade adulta.

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