Associação entre IMC e insatisfação com a massa corporal em universitários dos cursos de Educação Física, Nutrição e Psicologia de uma universidade privada na cidade de Teresópolis/RJ
Por Thatiane Braga Rodrigues (Autor), Simone Mota Dos Santos Alves (Autor), Sula Vieira Bitencourt (Autor), Diogo Silva Do Nascimento (Autor), Carlos Roberto Ramos Da Rosa Junior (Autor), Kayky Dos Santos Canto (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A Imagem Corporal (IC) é uma criação mental que reflete a percepção de si mesmo acerca do próprio corpo, com base no seu tamanho e sua forma, bem como por sentimentos e pensamentos gerados a partir desta percepção. A insatisfação corporal é gerada por sentimento negativo em relação a IC que se torna comum devido a comparação na era digital. OBJETIVO: Verificar a correlação entre IMC e a insatisfação com a massa corporal atual de universitários dos cursos de Educação Física, Nutrição e Psicologia de uma universidade privada na cidade de Teresópolis/RJ. MÉTODOS: Esta é uma pesquisa quantitativa de corte transversal aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESO sob o CAAE n° 77835424.0.0000.5247. A amostra desse estudo é não-probabilística e selecionou-se por conveniência universitários dos cursos de Educação Física, Nutrição e Psicologia de uma instituição privada de ensino superior da cidade de Teresópolis/RJ. Foram incluídos os que possuíam idade entre 18 e 60 anos, de ambos os sexos, e que apresentavam disponibilidade para participar da pesquisa. Não foram incluídas pessoas com deficiência e mulheres gestantes ou que tenham passado pelo processo em menos de um ano, além de discentes envolvidos nessa pesquisa. Os dados foram coletados através de questionários impressos contendo 10 perguntas abertas e fechadas acerca da idade, sexo, massa corporal atual, estatura atual, massa corporal desejada e curso matriculado. O IMC foi calculado por meio da divisão da massa corporal atual pela estatura ao quadrado (IMC = MCA/E2). A insatisfação com MCA foi calculada pela diferença entre a massa corporal desejada e a massa corporal atual, sendo classificados como: insatisfação para a redução da MCA (valores negativos), insatisfação para o aumento da MCA (valores positivos) e satisfeito com a MCA (= zero). A distribuição da satisfação ou insatisfação com a massa corporal atual pelo IMC foi feita por meio de frequências e o teste de normalidade de Komolgorov-Smirnov apontou para condição não-paramétrica desses dados. Desta forma, a correção entre a insatisfação com a massa corporal e o IMC foi feita utilizando do teste de Spearman (p<0,05). RESULTADOS: No total, 283 (duzentos e oitenta e três) voluntários participaram desse estudo, sendo 172 (60,8%) do sexo feminino. Da amostra, 35,7% (n=101) estavam matriculados no curso de Educação Física, 30,4% (n=86) no curso de Nutrição e 33,9% (n=96) no curso de Psicologia. A média de idade foi de 25,99±9,14 anos, com MCA de 70,010±14,56kg, estatura média de 1,67±0,08m e IMC médio de 24,74±4,20kg/m². Dentre os universitários, 54,8% (n=155) possuíam peso normal e 40,3% (n=114) algum sobrepeso ou obesidade. Dentre os 54,8% (n=155) desejando reduzir a MCA, observou-se correlação negativa de magnitude moderada forte (rs = -0,780; p <0,001), ou seja, quanto maior o IMC, menor é a MC que se deseja. Dentre os 36,4% (n=103) desejavam aumentar a MCA, observou-se a correlação negativa de magnitude fraca (rs = -0,315; p <0,001), ou seja, quanto menor o IMC maior é a MC que se deseja. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que há correlação entre o IMC e o desejo de modificar a massa corporal na amostra investigada, onde IMC mais elevados estariam associados ao desejo de diminuir MCA, enquanto IMC mais baixos se associaram ao desejo de aumentar a MCA.