Associação Entre Massa e Força Muscular com Nível de Atividade Física de Idosos Usuários de Unidades Básicas de Saúde do Município de Presidente Prudente, SP
Por L. A. Gobbo (Autor), V. R. Santos (Autor), D. O. Macedo (Autor), C. B. Nascimento (Autor), A. A. Siqueira (Autor), J. S. Codogno (Autor).
Resumo
O envelhecimento é um processo inevitável, e com ele segue a perda da eficiência de diferentes sistemas fisiológicos. Dentre essas perdas, está a redução da força muscular, resultado do declínio de massa muscular, nomeado sarcopenia. Dentre as várias funções prejudicadas pela perda de força e massa muscular, estão presentes as deficiências ocorridas nos sistemas motor e sensorial, podendo levar sobretudo idosos a distúrbios em relação à postura e a falta de equilíbrio, fatores que acabam limitando a interação do indivíduo com o meio, proporcionando maior risco de quedas, fraturas, morbidade e mortalidade. Com as limitações funcionais em função do envelhecimento, os níveis habituais de atividade físicas são significantemente reduzidos, e tarefas do dia a dia que normalmente são executadas com determinada destreza não são mais realizadas da mesma forma. O conhecimento das variáveis mais afetadas pela redução da atividade física habitual, tais como a força e a massa muscular, pode ser de grande valia para profissionais da saúde no controle de programas de intervenção. O objetivo do presente estudo foi analisar a associação entre massa e força muscular e nível de atividade física de idosos usuários de unidades básicas de saúde de Presidente Prudente, SP. A amostra foi composta de 496 homens e mulheres com idade igual ou superior a 50 anos usuários de duas Unidades Básicas de Saúde do município de Presidente Prudente, SP. Como identificador da massa muscular e da força muscular, utilizou-se o índice de massa muscular (IMM, em kg/m2), e a dinamometria de punho, em kg, respectivamente. Atividade física habitual foi mensurada por meio de questionário. Para categorização da amostra (baixo IMM, força muscular e insuficientemente ativos x normais), utilizou-se os pontos de corte baseados nos valores do percentil 25 de cada variável, segundo sexo. Para as variáveis categóricas, o teste qui-quadrado e análise de regressão logística foram utilizados para análise das associações entre as variáveis. Foi verificado associação somente entre força e nível de atividade física habitual, para a amostra total (χ2 = 8,505; p = 0,004) e homens (χ2 = 6,739; p = 0,009). Pessoas com baixo nível de atividade física apresentaram 1,83 chances (IC 95% 1,17-2,86) de terem menor força muscular, em relação aos suficientemente ativos, sendo que os homens apresentaram risco 2,74 maior (IC 95% 1,24-6,06). Em conclusão, pessoas com nível de atividade física insuficiente apresentam maior chance de terem menor força muscular, em especial, os homens.