Resumo

A inatividade física em estudantes chilenos é assustadora. O deslocamento ativo de e para a universidade pode aumentar a prática de atividade física (AF), com potencial para neutralizar comportamentos prejudiciais. Objetivo: Descrever o modo de transporte e o comportamento de AF de estudantes universitários chilenos e avaliar a associação entre o meio de transporte e o cumprimento da recomendação de AF da Organização Mundial da Saúde (OMS). Métodos: Um total de 1.341 estudantes universitárias (idade = 21,8 ± 4,6 anos) preencheram um questionário autoaplicável sobre modo de transporte e comportamento de AF. Um modelo de regressão Kernel não paramétrico foi ajustado considerando todas as intensidades de AF relatadas (leve, moderada e vigorosa) em minutos/semana. Em seguida, foi realizado um modelo de regressão logística para determinar as chances de atendimento à recomendação de AF da OMS para saúde (variável dicotômica: sim ou não) com o tipo de transporte (deslocamento ativo ou transporte público). A análise foi realizada no software Stata. Resultados: 24,2% dos estudantes e 37,8% atenderam às recomendações da OMS para atividade física moderada e intensa, respectivamente. O transporte público (ou seja, ônibus público, trem/metrô) foi o mais utilizado, seguido pelo transporte ativo (ou seja, caminhar, andar de bicicleta). As chances de atender à recomendação vigorosa de AF da OMS foram maiores para aqueles que usavam transporte público e ativo (OR: 1,39, IC 95%: 1,01-1,90; e OR: 1,54, IC 95%: 1,07-2,2, respectivamente). Conclusão: O transporte público e ativo parece influenciar o cumprimento da vigorosa recomendação de AF para a saúde entre estudantes universitários chilenos. A influência do tempo de sono e do consumo de café da manhã nesta associação necessita de uma análise mais aprofundada.

 

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