Resumo

Transtornos depressivos reduzem a qualidade de vida e trazem prejuízos a saúde geral da população, incluindo aumente da inflamação sistêmica basal. Por outro lado, aumentar o nível de atividade física e realizar exercícios físicos de forma regular, parece reduzir a inflamação e trazer benefícios a pessoas com sintomas depressivos. Objetivos: Avaliar a associação entre o nível de atividade física e a concentração sérica de proteína C reativa (PCR) em pessoas que apresentam sintomas depressivos. Métodos: Foi utilizada a base de dados populacional pré pandemia da National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), do banco de dados públicos do Disease Control and Prevetion (CDC) do período de 2017-2020. Foram incluídos 567 participantes com idade acima de 18 anos e classificados com sintomas depressivos pelo instrumento Patient Health Questionnarie-9 (PHQ-9) e concentração sanguínea de PCR abaixo de 10 mg/L. Para avaliação do nível de atividade física, utilizou-se o Physical Activity Questionnaire (PAQ). Os dados foram ajustados pelas covariáveis idade, sexo, formação educacional, consumo de álcool e tabagismo. Para análise de dados, utilizou-se um modelo de regressão binomial negativa e realizado as associações bruta e ajustada entre os níveis de PCR e as variáveis independentes, sendo os valores expressos como razão de taxa de incidência (IRR), com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Foi observada uma associação significativa entre o nível de atividade física no domínio lazer (análise Bruta: IRR=0,73; IC 95%= 0,63 – 0,85; p<0,01 e análise ajustada: IRR=0,77; IC 95% = 0,66 – 0,90; p<0,001) e menor concentração de PCR. Para os domínios atividade física total, no transporte e no trabalho, não foi observada associação. Conclusão:  Este estudo mostra que a prática de atividade física no lazer está associada a níveis mais baixos de proteína C reativa (PCR) em pessoas com sintomas depressivos. Isso sugere que incentivar atividades físicas recreativas pode ajudar a reduzir a inflamação em indivíduos com sintomas depressivos, reforçando a importância dessas práticas nas intervenções de saúde pública para essa população.

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