Resumo

A rigidez arterial pode ser um caminho importante que liga o diabetes melitus tipo 1 (DM1) a alterações da modulação autonômica cardíaca independente do tempo de diagnóstico da doença. Em contrapartida, o nível de atividade pode induzir alterações nos marcadores desses sistemas, representados pela velocidade de onda pulso (VOP) e variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Com isso, nosso objetivo foi avaliar a associação entre o nível de atividade física, VOP e VFC em indivíduos com DM1. Nossa amostra conteve quarenta pacientes de ambos os sexos com diagnóstico de DM1, com idade entre 20 e 40 anos participaram voluntariamente desse estudo onde foram alocados em 2 grupos: diabéticos com DM1 fisicamente ativos (DM1FA) e diabéticos com DM1 fisicamente inativos (DM1FI). Foram avaliados o nível de atividade física, parâmetros hemodinâmicos basais, perfil metabólico, VOP e VFC. O grupo DM1FA apresentou menores concentrações de glicose pós prandial, hemoglobina glicada e creatinina. Observou-se menores valores de frequência cardíaca, duplo produto e resistência vascular e maior débito cardíaco de repouso no grupo DM1FA. Os DM1FA apresentaram menor atividade simpática e maior modulação parassimpática cardíaca, a VOP também se apresentou atenuada no grupo DM1FA. Evidenciouse uma correlação entre o aumento da VOP e a diminuição da VFC. Logo, concluímos que nossos dados nos permitem afirmar que a medida em que a VOP aumenta, a modulação parassimpática cardíaca diminui em diabéticos tipo 1. Por outro lado, pacientes DM1 fisicamente ativos possuem menor rigidez arterial aliada a maior VFC comparados à DM1 fisicamente inativos.

Acessar