Associação entre o Tempo de Tela e sintomas de depressão, ansiedade e estresse de escolares rurais
Por Henrique de Oliveira Arrieira (Autor), Rodrigo Zanetti da Rocha (Autor), Franciéle da Silva Ribeiro (Autor), Igor Darlan Krause Romig (Autor), Gabriel Gustavo Bergmann (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O comportamento sedentário excessivo em crianças e adolescentes, principalmente o Tempo de Tela (TT) excessivo, parece estar associado a problemas de saúde mental nesta população. No entanto, ainda são poucas as informações em populações de zonas rurais. OBJETIVO: Comparar o escore de sintomas de depressão, ansiedade e estresse de escolares da zona rural conforme o TT de acordo com o gênero. MÉTODOS: Estudo transversal incluiu 245 escolares (135 meninos) com idades de 11 a 17 anos de escolas municipais de turno integral da zona rural de Canguçu/RS. O TT foi mensurado pelo Questionnaire for Screen Time of Adolescents (QueST) e os indicadores de saúde mental pela Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse para Adolescentes (EDAE-A). O TT foi dividido em três categorias (< 8 horas, 8-9 horas e > 9 horas/dia) e a comparação dos escores de indicadores de saúde mental entre os grupos foi realizada com o teste de Kruskal-Wallis seguido do teste de post-hoc de Dunn com relação de Bonferroni. RESULTADOS: Meninas com TT< 08h/dia apresentaram escores mais altos (p<0,05) de depressão, ansiedade e estresse dos que as meninas das demais categorias de TT. Para os meninos não foi identificada nenhuma diferença significativa (p>0,05) para os indicadores de saúde mental nas três categorias de TT. CONCLUSÃO: Meninas envolvidas com TT< 8 horas/dia apresentaram maiores escores de depressão, ansiedade e estresse. Este resultado sugere que outros fatores podem estar relacionados a esses sintomas, reforçando a importância de outros estudos que investiguem este contexto.