Resumo

A obesidade vem sendo correlacionada com as mudanças no estilo de vida. Contudo, são escassos os estudos que avaliaram, através de modelos comportamentais de atividade física, a repercussão da adoção de um estilo de vida ativo no nível de obesidade em adolescentes, visto que vários artigos defendem que ser fisicamente ativo apenas não seria um estímulo suficiente para trazer repercussões para a obesidade, existindo a necessidade de implementação de exercícios físicos para tal pleito. Objetivo: Analisar a associação entre o modelo transteórico relacionado à atividade física e a obesidade em adolescentes. Metodologia: Estudo descritivo, de caráter epidemiológico transversal com base escolar e abrangência estadual, com adolescentes de 14 a 19 anos de ambos os sexos, da rede pública estadual de ensino médio de Pernambuco. O estágio de mudança de comportamento foi classificado em pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção. Paralelamente, foi medida a massa corporal e estatura, dados utilizados para o cálculo do índice de massa corporal. Resultados: Foram incluídos no estudo 6.079 adolescentes (16,6 ± 1,2 anos). Uma prevalência de obesidade de 4.3% foi encontrada e dentre os estágios avaliados, apenas a fase de manutenção, adolescentes fisicamente ativos por mais de 6 meses, estava associada com o nível de obesidade (OR=0,539; IC95%:0,33-0,87; p=0,011). Conclusão: Os resultados sugerem que o nível de atividade física se mostrou associado com a obesidade, mas apenas naqueles que cultivam uma vida fisicamente ativa por mais de seis meses.