Resumo

O ingresso na vida adulta e universitária afetam diretamente os hábitos de vida dos indivíduos, contribuindo para o aumento do sedentarismo e alimentação desregrada, além da redução de horas de sono. A prática regular de exercícios físicos contribui diretamente para melhora da performance do corpo, bem como para a prevenção e tratamento de doenças crônicas, contribuindo para a melhora da qualidade de vida das pessoas. OBJETIVO: Verificar a associação entre a prática de exercícios físicos e a percepção geral da qualidade de vida de universitários dos cursos de Educação Física, Nutrição e Psicologia de uma universidade privada na cidade de Teresópolis/RJ. METODOLOGIA: Esta é uma pesquisa quantitativa de corte transversal e aprovada pelo CEP da UNIFESO sob o CAAE n° 77835424.0.0000.5247. A amostra desse estudo é não-probabilística que selecionou por conveniência universitários dos cursos de Educação Física, Nutrição e Psicologia de uma instituição privada de ensino superior da cidade de Teresópolis/RJ. Foram incluídos que possuíam idade entre 18 e 60 anos, tanto do sexo masculino quanto feminino e que apresentavam disponibilidade para participar da pesquisa. Não foram incluídas pessoas com deficiência e mulheres gestantes ou que tenham passado pelo processo em menos de um ano, além de discentes envolvidos com essa pesquisa. Um questionário para a caracterização e o WHOQOL-bref (NOME) para verificar a qualidade de vida dos participantes foram utilizados para coleta dos dados, que se realizou presencialmente dentro da própria instituição em dias da semana e horários diversos para diversificar a amostra. As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS versão 29.0.2.0. RESULTADOS: Um total de 283 universitário fez parte desta pesquisa. Eles apresentaram uma média de idade de 25,99±9,14 anos, massa corporal atual de 70,01±14,56kg, estatura de 1,67±0,09cm e Índice de Massa Corporal de 24,74±4,21 kg/m2. A prática de exercícios físicos de maneira regular por pelo menos três vezes na semana foi apontada por 75,7% (n=84) dos homens, e apenas 44,2% (n=76) das mulheres. Um total de 81,9% (n=131) dos que praticam atividades físicas regularmente por pelo menos três vezes na semana relataram uma percepção geral da qualidade de vida como “boa” ou “muito boa”. Opostamente, 39,9% (n=49) dos que não praticam atividades físicas apontam essas mesmas classificações. O valor Qui-Quadrado (X2) foi de 62,58 com uma probabilidade associada de p=0,001 para um grau de liberdade de 3, mostrando que tal relacionamento é improvável apenas como erro amostral (ao acaso). O V de Cramer obtido foi de 0,470, ou seja, aproximadamente 22% das variações da qualidade de vida podem ser explicadas pelas variações da prática de exercícios físicos. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem existir relação entre a prática regular de exercícios físicos e maiores classificações (boa e muito boa) da percepção geral de qualidade de vida na amostra de universitários estudada.

Acessar