Associação entre qualidade de vida e exercício físico durante o período de isolamento social entre hipertensos cadastrados na atenção primária
Por Dayane Cristina Queiroz Correia (Autor), Juziane Teixeira Guiça (Autor), Charles Rodrigues Junior (Autor), Maria Carolina Castanho Saes Norberto (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
: Mudanças de rotina impostas pela pandemia da COVID-19, em que a população foi rigorosamente incentivada ao isolamento social, impactaram na prática de exercício físico, que foi prejudicada refletindo em impacto negativo na saúde e no nível de atividade física. OBJETIVO: Dessa forma, o objetivo foi analisar a qualidade de vida (QV) e exercício físico de hipertensos, durante o período de isolamento social. MÉTODOS: A amostra foi formada por adultos com idade ≥40 anos, de ambos os sexos, cadastrados na atenção primária à saúde de Presidente Prudente/SP. Para avaliação do impacto do isolamento na rotina e comportamentos dos participantes foram elaboradas questões específicas para esse estudo, onde os adultos responderam se: i) realizaram exercício físico durante a pandemia; ii) praticavam exercício físico antes da pandemia e iii) possuíam ambiente adequado para realizar exercício físico em casa, no período de isolamento social. Essas perguntas foram analisadas de forma dicotômica (sim ou não). A QV foi verificada através do questionário Sistema Descritivo - EQ-5D, do grupo EuroQoL, com o escore, denominado valor de utilidade, variando entre 0 (pior estado de saúde) e 1 (melhor estado de saúde). A estatística foi composta por média e desvio padrão, e o teste t para amostras independentes estabeleceu comparações entre os valores médios, sendo realizado no software Stata versão 16, com significância ajustada em 5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP/Campus de Presidente Prudente (CAAE: 33102720.0.0000.5402). RESULTADOS: Foram avaliados 659 hipertensos, sendo 187 (28,4%) homens e 472 (71,6%) mulheres, com média de idade de 62,89 anos (desvio-padrão=10,36). Foi possível observar maior escore médio para QV entre participantes que praticaram exercício físico durante a pandemia comparado aos que não praticaram (0,74 (0,19) versus 0,69 (0,20) p=0,014) e que tinham ambiente para realizar exercício físico em casa comparado aos que relataram não ter ambiente adequado para a prática de exercícios durante o isolamento social (0,72 (0,19) versus 0,66 (0,21) p=0,001). Não houve associação significativa para aqueles que responderam praticar exercício físico antes da pandemia e QV (p=0,693). CONCLUSÃO: Hipertensos que praticaram exercício físico durante o isolamento social e que relataram ter ambiente adequado para realização de atividade física em casa apresentaram maior QV.