Resumo

Em meados do século passado, transformações na economia e sociedade brasileira somaram-se para desencadear uma rápida transição demográfica, que se caracterizou pelo aumento de idosos. Assim, presenciou-se um envelhecimento populacional, que foi acompanhado pelo aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis. Alguns fatores de risco estão bem estabelecidos para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, como excesso de peso, consumo de tabaco e álcool, alimentação inadequada e inatividade física. Adicionalmente, o comportamento sedentário mostrou-se relacionado a importantes efeitos deletérios à saúde, como, por exemplo, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e mortalidade.O estudo teve como objetivo investigar a associação entre tempo sentado e diabetes mellitus em idosos. Estudo transversal, realizado em 24 municípios integrantes da Superintendência Regional de Saúde de Uberaba, MG. Os indivíduos selecionados responderam um questionário estruturado e foram submetidos à avaliação antropométrica. Foram analisados 3.265 idosos. A prevalência de diabetes mellitus foi de 20,0% e a mediana de tempo sentado de 240,00 (P25º=137,14 e P75º=330,00) minutos/dia. A análise de regressão logística ajustada demonstrou que o tempo sentado superior a 330,00 minutos/dia associou-se positivamente com a diabetes mellitus (OR=1,329; IC95%: 1,040-1,700). Pode-se concluir que os idosos que ficam sentados por longos períodos diariamente apresentam maior chance de ter diabetes mellitus quando comparados com aqueles que ficam sentados por menor tempo.

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