Associação Entre Tempo Sentado e Diabetes Mellitus em Idosos: Um Estudo de Base Populacional
Por Rafael de Carvalho da Silva (Autor), Joilson Meneguci (Autor), Talita Inácio Martins (Autor), Álvaro da Silva Santos (Autor), Jeffer Eidi Sasaki (Autor), Sheilla Tribess (Autor), Jair Sindra Virtuoso Junior (Autor), Renata Damião (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 17, n 4, 2015. Da página 1 a 10
Resumo
Em meados do século passado, transformações na economia e sociedade brasileira somaram-se para desencadear uma rápida transição demográfica, que se caracterizou pelo aumento de idosos. Assim, presenciou-se um envelhecimento populacional, que foi acompanhado pelo aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis. Alguns fatores de risco estão bem estabelecidos para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, como excesso de peso, consumo de tabaco e álcool, alimentação inadequada e inatividade física. Adicionalmente, o comportamento sedentário mostrou-se relacionado a importantes efeitos deletérios à saúde, como, por exemplo, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e mortalidade.O estudo teve como objetivo investigar a associação entre tempo sentado e diabetes mellitus em idosos. Estudo transversal, realizado em 24 municípios integrantes da Superintendência Regional de Saúde de Uberaba, MG. Os indivíduos selecionados responderam um questionário estruturado e foram submetidos à avaliação antropométrica. Foram analisados 3.265 idosos. A prevalência de diabetes mellitus foi de 20,0% e a mediana de tempo sentado de 240,00 (P25º=137,14 e P75º=330,00) minutos/dia. A análise de regressão logística ajustada demonstrou que o tempo sentado superior a 330,00 minutos/dia associou-se positivamente com a diabetes mellitus (OR=1,329; IC95%: 1,040-1,700). Pode-se concluir que os idosos que ficam sentados por longos períodos diariamente apresentam maior chance de ter diabetes mellitus quando comparados com aqueles que ficam sentados por menor tempo.