Associação do Peso Livre de Gordura e Condição Aeróbica
Por Jeffer Sasaki (Autor), Fábio Heitor Alves Okazaki (Autor), Birgit Keller (Autor), Vinicius Dobgenski (Autor), Victor Hugo Alves Okazaki (Autor), Iverson Ladewig (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: O peso livre de gordura tem sido associado com um maior
VO2 absoluto (L · min.-1) , enquanto o percentual de gordura tem sido
inversamente relacionado ao VO2 Máx relativo (ml · kg-1 · min.-1). O
objetivo do presente estudo foi verificar se esses pressupostos se aplicam a
uma população jovem, porém destreinada. Materiais e Métodos: 61 sujeitos
masculinos destreinados (24.72 ± 2.66 anos, 78.19 ± 12.40 kg, 177.05 ±
7.23 cm) foram avaliados. Para a obtenção do percentual de gordura e peso
magro, foi utilizado um compasso de dobras cutâneas e os valores foram
calculados pela equação de 7 dobras de Jackson e Pollock. O protocolo
em cicloergômetro adaptado de Astrand foi utilizado para obter o VO2
absoluto. Na análise estatística foi empregada uma correlação de Pearson,
e adotado um nível de significância de p<0.05. Resultados: O percentual
de gordura da amostra foi de 18.47 ± 4.95, a média de peso magro foi de
63.34 ± 7.87 kg. O tratamento estatístico demonstrou uma correlação
significativa entre peso magro e VO2 absoluto (r=0.539, p<0.01). No
entanto, tal correlação pode ser considerada fraca. Conclusões: Nessa
amostra a correlação do peso magro com o VO2 absoluto, apesar de ser
significativa, não apresentou ser forte o suficiente para explicar totalmente
as diferenças na captação de oxigênio dos indivíduos. Por se tratar de uma
amostra destreinada, muitos outros fatores fisiológicos e mecânicos podem
atuar em tais diferenças. Entre tais fatores podem estar a menor eficiência
do sistema cardiovascular central e periférico, e também a menor eficiência
mecânica. Sugere-se que sejam realizados outros estudos para maior
averiguação sobre o assunto.