Resumo

Introdução: O peso livre de gordura tem sido associado com um maior
VO2 absoluto (L · min.-1) , enquanto o percentual de gordura tem sido
inversamente relacionado ao VO2 Máx relativo (ml · kg-1 · min.-1). O
objetivo do presente estudo foi verificar se esses pressupostos se aplicam a
uma população jovem, porém destreinada. Materiais e Métodos: 61 sujeitos
masculinos destreinados (24.72 ± 2.66 anos, 78.19 ± 12.40 kg, 177.05 ±
7.23 cm) foram avaliados. Para a obtenção do percentual de gordura e peso
magro, foi utilizado um compasso de dobras cutâneas e os valores foram
calculados pela equação de 7 dobras de Jackson e Pollock. O protocolo
em cicloergômetro adaptado de Astrand foi utilizado para obter o VO2
absoluto. Na análise estatística foi empregada uma correlação de Pearson,
e adotado um nível de significância de p<0.05. Resultados: O percentual
de gordura da amostra foi de 18.47 ± 4.95, a média de peso magro foi de
63.34 ± 7.87 kg. O tratamento estatístico demonstrou uma correlação
significativa entre peso magro e VO2 absoluto (r=0.539, p<0.01). No
entanto, tal correlação pode ser considerada fraca. Conclusões: Nessa
amostra a correlação do peso magro com o VO2 absoluto, apesar de ser
significativa, não apresentou ser forte o suficiente para explicar totalmente
as diferenças na captação de oxigênio dos indivíduos. Por se tratar de uma
amostra destreinada, muitos outros fatores fisiológicos e mecânicos podem
atuar em tais diferenças. Entre tais fatores podem estar a menor eficiência
do sistema cardiovascular central e periférico, e também a menor eficiência
mecânica. Sugere-se que sejam realizados outros estudos para maior
averiguação sobre o assunto.

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