Associações Entre Força Potência de Membros Inferiores e Fatores de Risco Cardiovascular em Adolescentes
Por Renan Camargo Correa (Autor), Jadson Marcio da Silva (Autor), Géssika Castilho dos Santos (Autor), Rodrigo Bozza (Autor), Wagner de Campos (Autor), Lorena Barreto Fonseca da Matai (Autor), Rodrigo de Oliveira Barbosa (Autor), Antonio Stabelini Neto (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: A aptidão física na infância e adolescência é considerada um importante indicador de saúde. Evidências recentes têm apontado que apesar da aptidão muscular ser fator protetor a saúde, a mesma vem decrescendo em escolares. Assim investigar as associações entre aptidão muscular e desfechos de saúde cardiovascular é de suma importância para compreensão epidemiológica ligada a tais variáveis. OBJETIVO: Investigar a associação entre salto horizontal e fatores de risco cardiovascular em adolescentes. MÉTODOS: A amostra foi composta por 1752 adolescentes (907 do sexo feminino) com idade média de 14,2±1,6 anos. A aptidão muscular foi avaliada pelo teste de salto horizontal. Os fatores de risco cardiovascular avaliados foram: índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), e aptidão cardiorrespiratória (ACR). O escore do risco cardiovascular agrupado (RCV) foi calculado por meio da média da soma do z-escore de cada fator de risco. Os dados foram descritos por meio de mediana e intervalo interquartil, além de média e desvio padrão. Empregou-se o teste de U Mann Whitney para comparação dados não paramétricos e teste t independente para dados paramétricos, logo para testar as associações entre salto horizontal e os fatores de risco cardiovascular isolados e agrupados foram empregados os testes de regressão linear múltipla ajustados por estatura, idade e maturação. Foi utilizado o software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 23.0. Para todas as análises foi adotado p< 0,05. RESULTADOS: O sexo masculino (158,00 cm; 39,00 — 178,40) apresentou melhor desempenho no salto horizontal em comparação ao feminino (116,00 cm;102,00 — 130,00) (p<0,01). A distância do salto horizontal apresentou associações inversas significativas para sexo masculino com IMC (r3= -0,329; IC95%: -0,014; -0,009) e RCV ((3= -0,257; IC95%; -0,022; -0,012), e positivas com ACR (p= 0,460; IC95%: 0,013; 0,018). Associações inversas e significativas foram observadas para sexo feminino entre salto horizontal e IMC (-0,108; IC95%: -0,885; -0,001), RCV ((3= -0,099; IC95%: -0,008; 0,002) e positiva com ACR (0= 0,223; IC95`)/0: 0,004; 0,007). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que uma maior aptidão muscular de potência de membros inferiores está relacionada com melhor saúde cardiovascular em adolescentes.
Palavras chaves: Fatores de risco; Aptidão física; Adolescência; Saúde.