Associações entre mobilidade corporal, autoimagem e qualidade de vida em indivíduos idosos integrantes de um programa sistemático de atividades físicas
Por Maria Izabel Ferreira Batista (Autor), Lorena Cristina Ribeiro da Rosa (Autor), Vitor Hugo Silva de Jesus (Autor), Marvin Sant'Anna Fernandes (Autor), Felipe Ferreira Araújo (Autor), Nádia Souza Lima da Silva (Autor), Dirceu Ribeiro da Gama (Autor), Rodrigo Gomes de Souza Vale (Autor), Ben Hur Soares (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O envelhecimento consiste em um processo biopsíquico caracterizado pelo declínio das funções sensoriais, motoras e mentais, recebendo a influência tanto de fatores genéticos como dos hábitos de vida. A intensidade dessas perdas tende a diminuir a qualidade de vida da pessoa idosa por implicar em comprometimentos na realização de atividades de vida diária com independência, o que influencia na forma como o indivíduo vê sua imagem corporal. Estudos indicam uma possível relação entre a prática sistemática de exercícios e a atenuação dos efeitos deletérios do processo de envelhecimento em relação a mobilidade corporal e também ter relação de maneira positiva com a constituição das autoimagens de indivíduos mais velhos, assim como as suas percepções sobre a qualidade de vida. OBJETIVO: Investigar as associações entre mobilidade física, imagens corporais e percepção de qualidade de vida em idosos integrantes de um programa sistemático de atividades físicas. MÉTODOS: Este é um estudo transversal, com amostra composta por 28 pessoas de ambos os sexos (16 homens e 12 mulheres), com idade superior ou igual a 65 anos, participantes de um programa regular de atividade física. Os instrumentos para a coleta de dados foram o teste "8 foot up-and-go" (FUG), o questionário "Minha imagem corporal" e o questionário WHOQOL-Old para Qualidade de Vida. RESULTADOS: Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva e correlacional. O teste de correlação de Spearman mostrou uma correlação positiva entre a idade dos participantes e o escore do teste FUG (p<0,001). Também foram detectadas correlações positivas e significativas entre a percepção de condição física e as facetas Fac 1, Fac 2 e Fac 3 do WHOQOL-OLD (p<0,05); Fac 6 e idade (p<0,05); escore do teste FUG e as Fac 5 e Fac 6 (p<0,05); percepção de saúde e Fac 4 (p<0,05). Houve correlações negativas e significativas entre idade e as percepções de condição física e de habilidade corporal (p<0,05); escore do teste FUG e as percepção de condição física e de habilidade corporal (p<0,05). CONCLUSÃO: O estudo permitiu concluir que os retardos na capacidade motora decorrentes do avanço da idade estão associados à redução da condição física e da habilidade corporal, assim como a percepção da pessoa idosa sobre o condicionamento físico, a sua mobilidade corporal e a idade cronológica podem interferir nas facetas da qualidade de vida, porém, em diferentes proporções.