Resumo

Introdução: A atividade física é fundamental para manter a pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica dentro dos níveis considerados normais. Objetivo: Verificar a associação entre nível socioeconômico, consumo alimentar e exposição ao comportamento sedentário com a pressão arterial (PA), mediados pelo nível de atividade física e índice de massa corporal (IMC) em adolescentes do estado de Sergipe, Brasil. Métodos: Este estudo trata-se de uma análise de levantamento epidemiológico com delineamento transversal, realizado em 2016, com uma amostra representativa de estudantes da Rede Pública Estadual de Sergipe, composta por 4.151 escolares, com idade entre 14 e 19 anos. Os dados foram coletados mediante questionário autoadministrado, o Global School – Based Student Health Survey. Em decorrência da quantidade de variáveis e análises, optou-se por apresentar dois estudos. No primeiro, associação do nível socioeconômico e consumo alimentar com a pressão arterial, mediados pela atividade física e a massa corporal foi utilizado como variável dependente a “PA elevada” de 120-129 sistólica e ≥ 80 mm Hg diastólica, mediada pelo “índice de massa corporal” e “nível de atividade física”. Recorreu-se à análise de associação destas variáveis com os comportamentos de risco a saúde dos adolescentes, fatores “sociodemográficos”, “nível de atividades físicas” e “índice de massa corpórea” assim como, as variáveis demográficas e socioeconômicas. No segundo estudo, a variável desfecho foi “PA elevada” e considerou-se os valores em percentil (<90; 90 a 95; >95). Para este estudo utilizou-se mediação causal feita para análise de associação entre a variável desfecho e “exposição ao comportamento sedentário”, “pressão arterial elevada” e “índice de massa corporal”. Resultados: No primeiro estudo, foi identificada mediação com efeito indireto do “nível de atividade física” e do “índice de massa corporal”, no qual apresentam-se mediando a “PAS” e “PAD” com R² = 0.316. No segundo estudo, resultou mediação com efeito indireto do “índice de massa corporal”, influenciada pela “exposição ao comportamento sedentário” sobre a “PAS” e “PAD” com R² = 0.305. Conclusões: Possível identificar no primeiro estudo a associação entre o IMC, nível de atividade física e a PA elvada, e que há mediação do nível de atividade física e do índice de massa corporal na pressão arterial elevada, e no segundo estudo possível identificar a associação entre o índice de massa corporal, a exposição ao comportamento sedentário, o sexo e a PA elevada, afirmarmando mediação do índice de massa corporal sobre a pressão arterial elevada.

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