Ativação Muscular e Torque na Articulação do Tornozelo Entre Ginastas e Não-atletas
Por Natália Batista Albuquerque Goulart (Autor), Caroline Pieta Dias (Autor), Fernando de Aguiar Lemos (Autor), Jeam Marcel Geremia (Autor), João Carlos Oliva (Autor), Marco Aurélio Vaz (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 16, n 5, 2014. Da página 1 a 9
Resumo
Ginastas artísticas (GA) executam movimentos específicos que exigem grande controle do movimento e produção de força na articulação do tornozelo. Essa elevada demanda desse esporte pode alterar as propriedades neuromecânicas dos músculos do tornozelo quando comparado a meninas não-atletas. Objetivou-se comparar a ativação muscular e a produção de torque na articulação do tornozelo entre GA e meninas não-atletas (MNA). Participaram do estudo 10 GA (11,70 ± 1,06 anos) e 10 MNA (11,70 ± 1,49 anos). Sinais eletromiográficos (EMG) dos músculos gastrocnêmio medial (GM), sóleo (SO) e tibial anterior (TA) foram obtidos simultaneamente ao torque isométrico máximo de flexão plantar (TFP) e flexão dorsal (TFD) no tornozelo dominante durante contração voluntária máxima isométrica (CVMI) em cinco ângulos articulares (20°, 10°, 0°, -10° e -20°). Além disso, a eficiência neuromuscular foi calculada por meio da razão Torque/EMG. GA apresentaram maior TFP (p<0,01) e menor TFD (p<0,05) em todos os ângulos articulares comparadas às MNA. Os valores RMS nos três músculos avaliados não diferiram entre os grupos (p>0,05). Além disso, GA apresentaram maiores valores de eficiência neuromuscular de flexão plantar, e menores de flexão dorsal, comparadas às MNA (p<0,01). A maior demanda do esporte nas GA determinou maior TFP e maior eficiência de flexão plantar, mas menor TFD e igual ativação do GM, SO e TA comparadas à MNA.