Atividade Eletromiográfica e Discinesia Escapular em Atletas com e Sem Síndrome do Impacto no Ombro
Por Valéria Mayaly Oliveira (Autor), Laísla Batista (Autor), André Pirauá (Autor), Ana Carolina Pitangui (Autor), Rodrigo Cappato de Araújo (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 15, n 2, 2013. Da página 193 a 203
Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar a presença de discinesia escapular, níveis de dor, satisfação e função, bem como analisar a ativação dos músculos estabilizadores da escápula durante tarefas isométricas de abdução do ombro em atletas com e sem SIO. Trinta atletas do sexo masculino foram divididos em grupo SIO e grupo Controle. Os voluntários responderam ao questionário Penn Shoulder Score para língua portuguesa que avalia dor, disfunção e satisfação em relação ao ombro, e também foram avaliados quanto à presença de discinesia escapular pelo Slide Scapular Lateral Test. A atividade eletromiográfica dos músculos trapézio superior (TS), trapézio médio (TM), trapézio inferior (TI) e serrátil anterior (SA) foi avaliada durante a realização da abdução isométrica do ombro nos planos frontal e escapular nas angulações de 45°, 90° e 120°. O grupo SIO apresentou maior indicativo de dor e discinesia escapular quando comparado ao grupo controle. No grupo SIO, foram observados valores maiores da razão eletromiográfica entre TS/TI e TI/SA no plano frontal em relação ao plano escapular. Pode-se concluir que a dor, discinesia escapular e alterações na atividade muscular foram mais observadas no grupo SIO quando comparado ao grupo Controle. Sendo assim, exercícios que enfatizam a musculatura escapular devem ser considerados no planejamento de programas de reabilitação para a SIO.