Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a prática de Atividades Físicas (AF) durante toda a vida e a incidência de câncer (CA) de pulmão no sul do Brasil. Este estudo utilizou o delineamento caso-controle. Tanto casos quanto controles responderam ao questionário contendo questões sobre características sóciodemográficas, sexo, idade e cor da pele, variáveis antropométricas, situação conjugal, escolaridade, tabagismo e histórico familiar de CA. A atividade física foi medida pelo Lifetime Physical Activity Questionnaire. Foram estudados ao todo 249 indivíduos (81 casos e 168 controles). Na análise bruta, a AF de deslocamento aumentou a chance de CA (p=0,01) e as atividades esportivas resultaram em proteção não significativa (p=0,05). Na análise ajustada, a AF ocupacional (p=0,009) e por toda vida (p=0,02) estiveram associadas com menos chance de CA, enquanto que as AF's de deslocamento (p=0,03) e domésticas (p=0,01) estiveram associadas a maior chance de CA. Por essa razão, é de extrema importância o incentivo da prática de AF desde a infância, pois considerando as consistentes evidências da importância da AF na prevenção de inúmeras doenças na idade adulta, incluindo o CA, o seu estímulo em idades precoces pode representar uma estratégia no controle da inatividade física observada em todo o mundo e, consequentemente, reduzir a “epidemia” das doenças crônicas. 
 

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