Atividade física como fator protetor da vulnerabilidade clínico-funcional de mulheres idosas da comunidade Estudo transversal
Por Luís Henrique Telles da Rosa (Autor), Eduardo Garcia (Autor), Maria Laura Schiefelbein (Autor), Ariele Rosa de Oliveira (Autor), Luís Fernando Ferreira (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 29, n 311, 2024.
Resumo
Introdução: O envelhecimento da população é cada vez mais generalizado e tem impacto na sociedade. Portanto, a investigação na área do envelhecimento deve ser capaz de observar as deteriorações inerentes a esta condição, quantificar os riscos e desenvolver estratégias para combatê-los e manter uma vida saudável. Objetivo: Estratificar o risco de vulnerabilidade em idosas praticantes de atividades físicas, em comparação com idosas sedentárias. Métodos: Estudo transversal, que incluiu 105 idosas, moradoras da comunidade, na cidade de Porto Alegre. Eles foram divididos em dois grupos: 42 no grupo controle (GC) (sedentários) e 63 no grupo treinamento (GT) (incluídos em programas de treinamento físico). Foram avaliados pelo índice de vulnerabilidade clínico-funcional. Resultados: Ambos os grupos foram homogêneos quanto à idade, peso e altura. Quanto à estratificação de risco de vulnerabilidade clínica funcional, houve diferença estatisticamente significativa, favorável ao GT (p=0,021). 52% dos GC apresentaram baixa vulnerabilidade, contra 70% dos GT. Mesmo assim, 38% dos GC e 24% dos GT apresentaram maior nível de vulnerabilidade. Por fim, 9,5% dos GC apresentaram alto risco, comparado a 3% dos GT. Conclusão: Sugere-se que fazer parte de um programa regular de treinamento físico é um fator de proteção da vulnerabilidade clínico-funcional, reduzindo em um terço a probabilidade de vulnerabilidade, em comparação com sujeitos sedentários.
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