Resumo

O envelhecimento populacional é uma realidade global com significativas implicações sociais, econômicas e de saúde pública. Graças aos avanços na medicina e às políticas de saúde, a expectativa de vida tem aumentado, trazendo consigo desafios complexos, especialmente relacionados à saúde, incluindo o declínio cognitivo e a demência. Estima-se que a quantidade de pessoas com demência pode triplicar até 2050, atingindo cerca de 130 milhões globalmente. O declínio cognitivo, influenciado por fatores genéticos, estilo de vida, comorbidades e condições ambientais, afeta diretamente funções essenciais como memória e raciocínio, comprometendo a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. Esse fenômeno não só impacta a pessoa adulta, mas também implica custos sociais e econômicos significativos, devido ao aumento da necessidade de cuidados e suporte médico. Essa tendência crescente destaca a urgência de se abordar o impacto do envelhecimento da população na saúde cognitiva e a necessidade de ações preventivas e intervencionistas.

Marcello Augustto da Silva, Dartagnan Pinto Guedes, Anne Karoline Henares Ostrufka Silva, Gustavo Ribas Palmeiro,

Afonso de Mello Tibúrcio , Marco Aurélio Hossaka

Centro de Ciências da Saúde – Universidade Estadual do Norte do Paraná – Jacarezinho, Paraná

 

Marcello Augustto da Silva, Dartagnan Pinto Guedes, Anne Karoline Henares Ostrufka Silva, Gustavo Ribas Palmeiro,

Afonso de Mello Tibúrcio , Marco Aurélio Hossaka

Centro de Ciências da Saúde – Universidade Estadual do Norte do Paraná – Jacarezinho, Paraná

 

 

Objetivo: Analisar a associação entre atividade física, conduta sedentária, força de preensão palmar e função cognitiva em adultos idosos residentes na comunidade da mesorregião Norte Pioneiro do Paraná, com intuito de disponibilizar dados que possam orientar políticas públicas para prevenção e minimização do declínio cognitivo.

Métodos: O estudo provém de dados preliminares de projeto de pesquisa mais amplo (Condutas do estilo de vida, força de preensão palmar, função cognitiva e saúde mental em adultos idosos: estudo epidemiológico) ainda em andamento. Neste momento, foram analisados dados de 248 participantes de ambos os sexos com idade ≥ 60 anos. A prática de atividade física e a conduta sedentária foram autorrelatadas pelos participantes e a força de preensão palmar foi aferida mediante procedimento de dinamometria manual. Para efeito de análise a amostra foi dicotomizada de acordo com pontos-de-corte específicos para atividade física (< 150 min/semana versus ≥ 150 min/semana), conduta sedentária (≥ 6 horas/dia versus < 6 horas/dia) e força de preensão palmar (< 16 kg versus ≥ 16 kg para mulheres e < 26 kg versus ≥ 26 kg para homens). Versão traduzida/adaptada para uso no Brasil do Mini-Mental State Examination (MMSE) foi usada para identificar a função cognitiva, sendo que de acordo com critério específico de escolaridade, pontuações ≤ 18, ≤ 20 e ≤ 24 indicaram sinais sugestivos de comprometimento cognitivo leve para idosos com nenhuma escolaridade, 1-6 anos e > 6 anos de escolaridade, respectivamente. Modelos de regressão linear múltipla foram usados para analisar as associações. As covariáveis ​​incluíram gênero, idade e escolaridade.

Resultados: Chance dos adultos idosos apresentarem comprometimento cognitivo leve associado à atividade física, à conduta sedentária e à força de preensão palmar

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