Atividade física de lazer e fatores sociodemográficos no Brasil Dados do VIGITEL de 2018 a 2020
Por Samuel Carvalho Dumith (Autor), Elizabet Saes-Silva (Autor), Evandro Heberle Cemin (Autor), Sérgio Pires da Silva (Autor), Roberta Araújo Fonseca (Autor), Débora Aline Grasel (Autor), Leonardo Cesar da Silva (Autor), Alexsander Henrique Brandão e Silva (Autor), Eduardo Gauze Alexandrino (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 28, n 304, 2023.
Resumo
Obter conhecimento social sobre as dinâmicas da prática de atividade física no lazer (AFL) é essencial na identificação de aspectos críticos à elaboração de políticas públicas inclusivas. Esse estudo transversal de base populacional teve como objetivo investigar a diferença da prática de atividade física de lazer e sua associação com as variáveis sociodemográficos nas capitais brasileiras e no Distrito Federal. Utilizou-se os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) entre os anos de 2018 e 2020. Foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson e a regressão de Poisson com Intervalo de Confiança de 95%. No período, um total de 131.915 adultos foram incluídos nas análises, sendo a maioria do sexo feminino, tinham idade entre 18 e 39 anos, eram pretos ou pardos, tinham entre 8 e 11 anos de estudo, maioria solteiros, moravam em residências com 5 ou mais moradores e residiam na região sudeste do país. A AFL foi estatisticamente menor em 2020, no Sudeste, entre as mulheres e solteiros. A AFL diminuiu com a faixa etária e em razão ao número de moradores. As maiores prevalências foram entre as pessoas com mais anos de estudo e observou-se redução absoluta independente da escolaridade. Sugere-se políticas de promoção da saúde locais e estaduais a curto e médio prazo que visem diminuir os efeitos das desigualdades socioeconômicas e das medidas de distanciamento social de 2020 devido a pandemia por COVID-19.